As africanas Argélia (1-2, após prolongamento, com a Alemanha) e Nigéria (0-2 com a França) deixaram boa imagem, mas falharam os quartos de final do Mundial de 2014, que só terão seleções de Europa e América.
Depois do adeus de Ásia (Japão, Irão e Coreia do Sul) e Oceânia (Austrália, que garantiu a qualificação via zona asiática), com um total de três pontos somados, na primeira fase, as sobreviventes africanos também caíram.
A Costa do Marfim, Gana e Camarões, que não passaram a fase de grupos, juntaram-se na segunda-feira Argélia e Nigéria, que não conseguiram o que se seriam feitos inéditos na sua história.
Os argelinos somavam três eliminações na fase de grupos, em outras tantas presenças, enquanto os nigerianos tinham chegado uma vez aos “oitavos”, em quatro participações: em 1990, perderam por 2-1 com a Itália, após prolongamento.
Ao caírem na segunda-feira, Argélia e Nigéria não se conseguiram, assim, juntar a Camarões, Senegal e Gana, as únicas seleções africanas que chegaram – todas uma vez - aos quartos de final do Mundial.
Os Camarões foram os primeiros a consegui-lo, em 1990, em Itália, onde afastaram a Colômbia (2-1, após prolongamento), nos “oitavos”, com um “bis” de Roger Milla, para, depois, caírem perante a Inglaterra (2-3, após prolongamento).
Em 2002, foi a vez do Senegal, que superou a Suécia, por 2-1, com um “golo de ouro” de Henri Camara (104 minutos), no primeiro jogo a eliminar e, nos “quartos”, caiu da mesma forma, por 1-0, face à Turquia – golo de Ilhan Mansiz, aos 94.
Na última edição, em 2010, o Gana fez cair os Estados Unidos nos “oitavos” (2-1, após prolongamento) e esteve quase nas “meias”, no jogo com o Uruguai, salvo com o tempo extra a acabar por uma grande defesa... de Luis Suarez.
Com 1-1 e o tempo a acabar, Asamoah Gyan teve um penálti para fazer história, mas falhou e, no desempate por grandes penalidades, os sul-americanos venceram por 4-2.
Além das três seleções africanas, apenas mais duas conseguiram contrariar o “monopólio” da Europa e da América nos quartos, as asiáticas Coreia do Norte, em 1966, e Coreia do Sul, como anfitriã, em 2002.
Numa edição em que à primeira fase se seguiam os “quartos”, os norte-coreanos estiveram a vencer Portugal por 3-0, mas perderam por 5-3, por culpa de um “póquer” de Eusébio, enquanto os sul-coreanos chegaram em casa às “meias”, perdendo por 1-0 com a Alemanha – marcou Michael Ballack, aos 75 minutos.
Em relação às equipas da América, a quase totalidade das que atingem os “quartos” são do Sul, sendo exceções Cuba (em 1938), México (1970 e 1986, em casa) e Estados Unidos (2002).
Os norte-americanos foram ainda terceiros em 1930, a melhor classificação de sempre de uma equipa fora da Europa ou da América do Sul, mas acendendo diretamente da fase de grupos às “meias”, em que foram goleados por 6-1 pela Argentina.
Na presente edição, a Costa Rica, que eliminou no domingo a Grécia (5-3 nas grandes penalidades, após 1-1 nos 120 minutos), vai juntar-se a este lote e os Estados Unidos, que hoje defrontam a Bélgica, também são candidatos.
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