A Alemanha qualificou-se na segunda-feira para os quartos de final do Mundial2014 em futebol, ao bater a Argélia por 2-1, mas só foi mais forte no último quarto de hora do tempo regulamentar e no prolongamento.
A Argélia emperrou literalmente a “máquina” do Bayern de Munique durante toda a primeira parte, em que foi a equipa que mais perto esteve de marcar, e durante dois terços da segunda parte, tendo só baqueado, aparentemente por acusar maior desgaste do que os alemães, na ponta final do tempo regulamentar e no prolongamento.
Na primeira parte, a equipa africana, disposta num 5x1x3x1, bloqueou a manobra ofensiva germânica, fechando todos os espaços de penetração, sobretudo o jogo interior dos alemães, obrigados a jogar para trás e para os lados, sem capacidade para jogar entre linhas e de fazer passes de rutura, sem os quais não é possível penetrar e dar profundidade ao seu jogo.
A verdade é que os alemães, jogando sem laterais de raiz, insistiram no jogo interior, insistência essa que decorria do próprio sistema que a equipa apresentou, num 4x1x2x2x1, com Ozil e Gotze, dois jogadores com tendência para cair para dentro, no apoio ao homem mais adiantado Thomas Muller, situação agravada por dois laterais (Mustafi e Howedes) muito posicionais.
A Argélia, tendo menos posse de bola, controlou o jogo na primeira parte e foi sempre a equipa mais perigosa através de rápidas transições ofensivas, porque recuperava a bola fruto de uma pressão alta com a qual os alemães, lentos e denunciados, nunca atinaram.
Na segunda parte, a Alemanha entrou a imprimir mais velocidade e agressividade ao seu jogo, criou dois lances de perigo no espaço de dez minutos – mais do que tinha feito nos anteriores 45 –, mas não tardou que a Argélia se voltasse a equilibrar em termos defensivos e valeu, em três lances de contragolpe, à Alemanha o guarda-redes Manuel Neuer, a jogar como um líbero, a safar em última instância.
Aos 70 minutos, Joachim Low substituiu o lateral Mustafi, lesionado, por Khedira para o meio-campo e derivou Lham para lateral-direito, momento que marcou a viragem do jogo para o lado germânico e a “explosão” de Muller, o melhor homem em campo, cuja movimentação começou a abrir brechas na defesa argelina.
O médio do Real Madrid entrou muito bem no jogo e Lham, à direita, deu finalmente profundidade ao ataque pelo flanco direito, melhoria esta que coincidiu com a gradual quebra de rendimento dos argelinos, a acusarem mais o desgaste com o passar do tempo.
Já foi com dificuldade que a Argélia levou o jogo para prolongamento, no qual a Alemanha se superiorizou de forma clara e justificou a passagem aos quartos de final ao criar várias oportunidades, das quais concretizou apenas duas, aos 92 e 119, enquanto a Argélia ainda conseguiu marcar o golo de honra, aos 120+1.
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