Sérgio Paulinho, o “veterano” entre os cinco ciclistas portugueses que vão alinhar na 101.ª Volta a França, acredita que este será o ano em que o seu líder Alberto Contador vai derrotar Chris Froome.
“Como toda a gente sabe, o Alberto está num dos melhores momentos de forma dele, por isso os meus objetivos irão ser os mesmos do ano passado e de todos os anos que tenho estado com ele: ajudá-lo o máximo possível a vencer o Tour. Os meus objetivos são unicamente esses”, começou por dizer à Agência Lusa o corredor da Tinkoff-Saxo.
Fiel escudeiro do espanhol desde há vários anos, Paulinho, que vai cumprir a partir de sábado o seu sétimo Tour, não tem dúvidas de que este será o ano do regresso definitivo de Contador à ribalta da principal prova velocipédica internacional, que venceu em 2007 e 2009 (perdeu a vitória de 2010 devido a um positivo por doping).
Para o medalha de prata da prova de estrada dos Jogos Olímpicos de Atenas2004, de 34 anos, a superioridade do madrileno em relação ao britânico Chris Froome, vencedor da Volta a França no ano passado, ficou demonstrada no recente Critério do Dauphiné, o barómetro por excelência para a "Grand Boucle", no qual Contador foi segundo e o líder da Sky 12.º.
“Também temos de ter em conta que o Froome, devido à queda, possa ter saído um pouco prejudicado. Mesmo assim, penso que o Alberto está uns pontos acima do Froome”, considerou
Apesar do revés que representa o afastamento da formação da Tinkoff-Saxo do checo Roman Kreuziger, investigado por alegadas irregularidades no passaporte biológico, Paulinho mantém-se confiante de que a equipa não sairá prejudicada.
“A estratégia é a mesma. A equipa está bastante forte, bastante unida e moralizada e tudo iremos fazer para que o Alberto consiga conservar a maior energia possível nestes primeiros dias para depois na montanha fazer a diferença”, revelou.
Um “habitué” na Volta a França, Paulinho tem este ano motivos redobrados de orgulho, já que, pela primeira vez, conta com mais quatro portugueses (Rui Costa e Nelson Oliveira, da Lampre-Merida, e Tiago Machado e José Mendes, da NetApp-Endura) no pelotão.
“Acho que para o ciclismo português é ótimo. Se não me engano, acho que nunca houve tanta participação num Tour, por isso, para os portugueses, acaba por ser mais um motivo para ver o Tour pela televisão e apoiar-nos a todos. Desejo tudo de bom para todos nós e que consigamos por o nome de Portugal ao mais alto nível”, disse.
De facto, este não é o maior contingente português na prova francesa, mas quase: os cinco ciclistas desta edição são a terceira maior representação lusa de sempre e a maior dos últimos 30 anos.