A Federação Portuguesa de Futebol convocou os clubes das competições profissionais de futebol para uma reunião na terça-feira, na sequência de um pedido feito por vários emblemas para abordar a situação vivida na Liga de Clubes.
O encontro está marcado para terça-feira, às 15:00, na sede federativa, em Lisboa, e surge dias depois de 19 clubes da I e II Ligas terem subscrito uma carta - dirigida ao presidente da Federação, Fernando Gomes - para discutir o que consideram ser o "impasse" vivido na Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).
"O que queremos é que a FPF tome alguma atitude em relação ao caos que se vive na Liga de Clubes. A Federação tem de saber quais são as funções dela, para que possa ajudar a que a ordem seja restabelecida na Liga, e que eventualmente seja reconduzido o processo eleitoral", disse hoje à Lusa o presidente do Estoril-Praia, Tiago Ribeiro, um dos subscritores da carta.
A ideia, acrescentou o responsável do Estoril-Praia, é "discutir com o presidente da FPF uma solução para o impasse na Liga", para que os campeonatos "não fiquem em risco".
"Vamos tentar encontrar, com o presidente da FPF, uma solução séria, legal e viável para o futebol português", salientou.
O presidente da LPFP, Mário Figueiredo, foi reeleito na sequência de um polémico processo eleitoral no qual a sua lista foi a única admitida a votos (o presidente da assembleia-geral da LPFP rejeitou as restantes listas alegando irregularidades processuais).
No seguimento, o Estoril-Praia e o Vitória de Guimarães avançaram com uma providência cautelar visando a nulidade das eleições. Entretanto, um tribunal do Porto suspendeu a deliberação da Assembleia-Geral da Liga em que foi reeleito Mário Figueiredo.
Também em declarações à agência Lusa, o presidente da Oliveirense, outro dos subscritores do pedido de reunião, quer saber a posição do líder federativo quanto ao processo eleitoral na Liga.
"Penso que só há duas hipóteses: a aceitação das listas que foram rejeitadas, porque consideramos que os motivos invocados não são corretos nem legais, ou promover um novo ato eleitoral", disse José Godinho.