O experiente ciclista Rui Sousa, de 37 anos, disse, em declarações à agência Lusa, que este é o ano do "tudo ou nada" para conquistar a 76.ª Volta a Portugal em bicicleta.
"Vou fazer tudo para ganhar a prova. É um sonho de muitos anos. Já tenho 17 anos como ciclista profissional. Já fiz 15 voltas, dez das quais fiquei nos dez primeiros lugares e quatro pódios. Acho que já mereço vencer uma volta. Trabalhei bem para estar na luta, sabendo que os adversários querem o mesmo e são fortes", adiantou Rui Sousa.
A 76.ª edição da Volta a Portugal arranca a 30 de julho, em Fafe, e termina a 10 de agosto, em Lisboa.
Natural de Viana do Castelo, Rui Sousa, atualmente ao serviço da Rádio Popular, adiantou ter trabalhado o ano inteiro "a pensar no sonho de vencer a Volta".
"Tenho uma equipa que me apoia e sinto-me bastante bem, acima de tudo motivado. Este ano é o tudo ou nada. Estou com força e vontade para alcançar a vitória, acompanhado com a equipa e tendo sorte porque também é preciso", frisou.
Rui Sousa falava à margem de uma sessão experimental do projeto "Raiooo", um protótipo de uma bicicleta com três rodas, elétrica, em madeira e cortiça realizado por estudantes do curso de mestrado em 'design' integrado do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC).
"Dava-me muito jeito sobretudo o motor", gracejou referindo ao veículo que vai ser apresentado publicamente na sexta-feira.
Já no dia 02 de ago, a terceira etapa, o pelotão parte de Viana do Castelo em direção à estreante Montalegre, onde os candidatos à geral terão o seu primeiro grande teste: os 180 quilómetros da terceira etapa contemplam cinco contagens para o prémio de montanha, a última das quais, de primeira categoria, na Serra do Larouco, coincidindo com a meta a 1.525 metros de altitude, o segundo ponto mais alto de Portugal continental.
O ciclista profissional, que é também presidente da Junta da União de Freguesias de Barroselas-Carvoeiro, em Viana do Castelo afirmou que este ano a maior prova velocipédica nacional vai passar por aquelas duas localidades.
"Este ano tem a particularidade de passar por Barroselas, com meta volante. Foi um prémio que a organização me quis dar, e por dentro de Carvoeiro, quando normalmente passava pela nacional 308. São pequenas coisas que são grandes coisas para mim", rematou Rui Sousa.