O Sporting venceu hoje o Nacional de Montevideu por 2-0 e ficou em terceiro lugar no torneio Teresa Herrera de futebol, num jogo em que foi superior ao adversário, mas ainda com problemas no ataque.
Depois de uma exibição fraca no jogo de abertura do torneio Teresa Herrera, que se traduziu numa derrota por 2-0 frente ao Sporting de Gijón, da II divisão espanhola, o Sporting voltou a exibir-se a um nível aquém do que seria expetável a uma semana do início do campeonato, perante os uruguaios do Nacional de Montevideu.
Na primeira parte, o Sporting teve mais iniciativa, mais tempo de posse de bola, criou os melhores lances da partida, perante um adversário cuja fragilidade já tinha ficado patente na véspera, quando foi derrotado por 3-0 pelo Deportivo da Corunha, mas denotou dificuldades na finalização por falta de presença física na área.
As duas grandes oportunidades de golo dos "leões" na primeira parte sucederam aos quatro e aos 17 minutos, a primeira num pontapé de canto em que Marcelo surgiu livre de marcação na área e cabeceou por cima da barra e a segunda numa grande jogada de Carrillo, que fintou três adversários, foi à linha e ofereceu o golo a Slimani, que não foi lesto suficiente para se antecipar à defesa uruguaia.
Em relação ao jogo da véspera, Marco Silva lançou William Carvalho no lugar de Rosell, Heldon no lugar de Capel, Cédric no de Esgaio e Sarr no de Rojo e a verdade é que, com exceção do primeiro, quem entrou rendeu menos do que os substituídos.
William Carvalho demorou a entrar no ritmo do jogo, mas quando o fez deu outra profundidade e variedade ao jogo ofensivo em relação a Rosell, pela sua capacidade de colocar passes longos, mas Adrien voltou a estar trapalhão e a não entender-se com o seu posicionamento em relação a André Martins.
Não obstante, o Sporting merecia ter chegado ao intervalo a vencer, mas no espaço de quatro minutos, aos 49 e 53 minutos fez dois golos, o primeiro num penálti inexistente alegadamente cometido sobre Heldon, e o segundo num remate de Jefferson, na cobrança superior de um livre direto.
A fase a seguir aos dois golos foi a melhor do Sporting, quando se pôde ver algumas boas combinações de ataque que poderiam ter dado outra expressão ao resultado – continua, todavia, a faltar contundência e maior definição ao ataque - , e a partir do momento em que Marco Silva procedeu a algumas alterações, acabaram por quebrar esse ascendente, com as entradas de Mané, Slavchev, João Mário.
Ficha do Jogo:
Nacional de Montevideu-Sporting, 0-2.
Jogo no estádio Riazor, na Corunha.
Ao intervalo: 0-0.
Marcadores:
0-1, Adrien, 49 minutos (grande penalidade).
0-2, Jefferson, 53.
Equipas:
Nacional de Montevideu: Munúa, Cordero, Aja, Arismendi, Espino, Gonzalo Ramos (Romero, 69), Calzada, Gonzalo Porras, Giménez (Carlos de Pena, 69), Fernández e Juan Cruz Mascia (Ivan Alonso, 82).
(Suplentes: Araújo, Carlos de Pena, De los Santos, Taborda, Romero, Pablo Álvarez, Iván Alonso, Leandro Garcia e Velásquez).
Treinador: Álvaro Gutiérrez.
Sporting: Rui Patrício (Marcelo Boeck, 46), Cédric, Maurício, Nabi Sarr, Jefferson, William Carvalho, Adrien (João Mário, 83), André Martins (Slavchev, 83), Carrillo (Mané, 67), Heldon e Slimani.
(Suplentes: Marcelo Boeck, Rojo, Paulo Oliveira, Esgaio, André Geraldes, João Mário, Rosell, Slavchev, Mané, Capel, Tanaka e Montero).
Treinador: Marco Silva.
Árbitro: Javier Villanueva (espanhol).
Ação disciplinar: nada a assinalar.
Assistência: cerca de 400.