Declarações de Pedro Martins, após a disputa da 36.ª Supertaça Cândido de Oliveira, que o Benfica conquistou, ao vencer o Rio Ave 3-2, após grandes penalidades, no Estádio Municipal de Aveiro.
"Não é fácil quando se perde em penaltis, mas tinha de haver um vencedor. Antes de mais, quero dar os parabéns a todos os intervenientes, em primeiro lugar a minha equipa, porque foram fantásticos: uma entrega e uma dignidade enormes. Um coração de equipa que queria conquistar um troféu que não temos. Não conseguimos. Parabéns ao Benfica.
Alguma dificuldade nos primeiros minutos. O Benfica entrou muito forte. Tinha alguma frescura física fruto do facto de nós termos jogado na quinta-feira [empate 0-0 na receção aos suecos do IFK Gotemburgo]. Mas, à medida que fomos jogando e entrando, as coisas equilibraram-se. E no prolongamento foi fantástico. As forças estavam divididas e a nossa grande alma é que nos permitiu estar no jogo até ao final.
Portanto, este é o início de uma caminhada e desta forma vamos ter seguramente muitas vitórias pela frente.
Sem arranjar desculpas, porque não faz sentido, mas enaltecendo ainda mais o espírito que tivemos, nós tivemos um jogo na quinta-feira. Muitos jogadores estavam com desgaste. O próprio Nuno vem de uma paragem longa e só treinou três/quatro dias antes, mas teve um enorme espírito. Tínhamos a ambição de conquistar este troféu e tenho a certeza de que quem está de fora apercebe-se do carisma que esta equipa implementou no jogo e de toda a dinâmica que quis implementar. Muitas vezes não foi possível, porque o Benfica tem uma grande equipa, tem muito mérito. Fomos inexcedíveis e queríamos outro resultado.
[O Rio Ave não conseguiu] por mérito do Benfica. O Benfica estava com mais frescura física no início e à medida que as forças foram-se igualando, aí o Rio Ave prolongamento. Houve oportunidades para ambos os lados e, inclusivamente, na minha perspectiva fomos um bocadinho superiores no prolongamento".