O recém-promovido Boavista e o campeão Benfica protagonizam no domingo um clássico do futebol português sem o esplendor de outros tempos, na segunda jornada da I Liga, que pode ficar marcada pelo regresso de Nani aos relvados nacionais.
O avançado do Manchester United foi emprestado pelo clube inglês ao Sporting até ao fim da época 2014/2015, e, a julgar pela receção apoteótica à chegada a Lisboa, é nele que os adeptos sportinguistas apostam para recolocar a equipa “leonina” na rota dos êxitos.
O Bessa é, tradicionalmente, um estádio complicado para o Benfica, mas este Boavista, promovido na “secretaria” ao escalão principal, na sequência do processo Apito Dourado, não tem o poderio de outras equipas do passado, nomeadamente, da que conquistou o único título nacional, em 2000/2001.
Os portuenses tomaram um “banho de água fria” na estreia na Liga, ao serem goleados por 3-0 no recinto do Sporting de Braga, e viram-se mergulhados na última posição (devido à pior diferença de golos), um arranque oposto ao do adversário de domingo.
O Benfica esteve sobre brasas durante toda a pré-temporada, que terminou com um saldo de seis derrotas em oito jogos, mas a pressão aliviou com a chegada dos jogos “a sério” e a conquista da Supertaça (vitória sobre o Rio Ave no desempate por grandes penalidades).
O início da competição serviu também para reabilitar o guarda-redes Artur, que se converteu em herói ao defender três grandes penalidades na Supertaça, repetindo a proeza no triunfo por 2-0 sobre o Paços de Ferreira, na primeira jornada, ao deter um penalty com o resultado em 0-0.
A “redenção” de Artur, muito contestado durante a fase de preparação, não impediu o Benfica de assegurar a meio da semana a contratação de Júlio César, guarda-redes titular do Brasil no Mundial2014, ainda que as preocupações do treinador Jorge Jesus não se esgotem na baliza.
A equipa que apadrinhará o regresso do Bessa à categoria principal é substancialmente diferente da que conquistou o título, sem o guarda-redes Oblak, os defesas Garay e Siqueira e os avançados Markovic e Rodrigo, estando ainda em risco de perder também os influentes Enzo Pérez e Nico Gaitán.
Depois da “escorregadela” na estreia, ao empatar 1-1 no estádio da Académica, e em vésperas de visitar o rival Benfica para o “derby” lisboeta, o Sporting recebeu um reforço de peso com a chegada de Nani, ainda que isso tenha implicado a saída do defesa Marcos Rojo para o Manchester United.
O Sporting guarda boas recordações da receção ao Arouca, adversário do próximo sábado, que na última temporada saiu de Alvalade com uma goleada por 5-1, num jogo que marcou a estreia absoluta da equipa do distrito de Aveiro no primeiro escalão do futebol português.
O FC Porto, no rescaldo do triunfo por 1-0 em Lille, que lhe abre boas perspetivas de qualificação para a Liga dos Campeões, visita também no sábado o Paços de Ferreira, depois de uma exibição convincente na estreia, em que bateu o Marítimo por 2-0.
O Sporting de Braga, líder da prova devido à melhor diferença de golos, procura dar continuidade ao processo de regeneração, após uma época desastrosa, encerrando a segunda jornada da Liga no reduto do Moreirense, campeão da II Liga e que se estreou da melhor forma, ao vencer no terreno do Nacional por 1-0.
Ao rival minhoto, o Vitória de Guimarães, que também teve uma estreia vitoriosa (3-1 ao Gil Vicente) cabem as honras de abertura da ronda, ao receber na sexta-feira o Penafiel, que perdeu pelo mesmo resultado em casa com o Belenenses.
O clube do Restelo procura manter-se na senda das vitórias ao receber o Nacional, tal como o Rio Ave, a outra equipa vencedora da jornada inaugural (2-0 ao Vitória de Setúbal), que visita no domingo o estádio do Estoril-Praia, grande sensação das últimas duas temporadas.
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