O presidente do Vitória de Guimarães acusou hoje a Polícia de Segurança Pública (PSP) de ter usado força excessiva no decurso do jogo com o FC Porto, da quarta jornada da I Liga de futebol, e exigiu explicações.
"Como é possível, numa bancada onde só estão adeptos de um clube, a ver o jogo de forma ordeira, a cantar, a dar cor e alegria ao jogo e, de repente, começam a ser carregados por trás pelas forças policiais", questionou Júlio Mendes no final da partida (1-1).
Segundo o dirigente, um dos responsáveis do Vitória pela ligação aos adeptos "levou um tiro com uma bala de borracha e foi agredido, está bastante combalido", quando estava "perfeitamente identificado e credenciado, pretendendo intervir, como é função dele", disse.
Júlio Mendes revelou ter falado "imediatamente" com o superintendente responsável da PSP, mas que este não soube explicar o que se estava a passar.
"O ministro da Defesa estava ao meu lado e não entendia o que se estava a passar, o presidente do FC Porto também não. Alguém tem de explicar. Não podem usar o chavão e dizer que são os desordeiros, é Guimarães, não é nada disso. Isto é um exemplo do que as forças de segurança não podem fazer num recinto desportivo. Alguém tem de ser responsabilizado e vamos levar isto até às últimas consequências", frisou.
O jogo foi interrompido por volta dos 33 minutos, interrupção que durou quase sete minutos, quando o árbitro assistente deu indicações a Paulo Baptista que não estavam reunidas as condições de segurança para a partida prosseguir.