loading

Emídio Guerreiro: «Não me estou a ver a nacionalizar o futebol»

O secretário de Estado do Desporto e Juventude afirmou hoje que todas as partes têm de assumir as suas responsabilidades na resolução do problema da Liga de clubes, sublinhando não deve haver interferência governamental na independência do futebol.

Emídio Guerreiro: «Não me estou a ver a nacionalizar o futebol»
Futebol 365

“Eu não me estou a ver a nacionalizar o futebol. Quando oiço alguns dirigentes a clamarem por outro tipo de intervenção, parece que querem que o governo ou que o Estado interfira naquilo que é a independência do movimento desportivo. Não é esse o caminho”, afirmou Emídio Guerreiro, em Lisboa.

O governante falava a propósito do impasse na Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) depois de o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) ter anulado o ato eleitoral em que foi reeleito presidente Mário Figueiredo, mandando repetir o sufrágio.

“Estamos determinados a cumprir a nossa responsabilidade e fazer a nossa parte. Estamos a instar para que, quer a federação quer a liga - e penso que também seria importante os associados da liga perceberem isto -, cada uma assuma as suas responsabilidades”, acrescentou.

Emídio Guerreiro sublinhou que os associados da Liga são os clubes profissionais e que “é a eles que cabe em primeira instância criar condições para o bom funcionamento”.

“Se forem incapazes de o fazer, ou seja, se a liga for incapaz de se organizar, nós temos de questionar a federação, porque o nosso interlocutor é a federação. Quem tem utilidade pública desportiva é a FPF, esse é o nosso parceiro e tem de zelar pelo cumprimento da lei. Se tiver incapacidade para o fazer, tem de colocar a questão ao Estado. É o que está na lei”, acrescentou.

As eleições da LPFP de 11 de junho, em que Mário Figueiredo foi reeleito para um segundo mandato, foram anuladas pelo Conselho de Justiça (CJ) da FPF, que mandou repetir as eleições, por considerar que as listas encabeçadas por Fernando Seara e Rui Alves eram válidas.

Mário Figueiredo concorreu sozinho, porque o presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Liga, Carlos Deus Pereira, rejeitou as candidaturas de Rui Alves e Fernando Seara, alegando que estas não apresentaram candidatos a todos os órgãos sociais da Liga.

O CJ da FPF considerou ainda que a lista de Mário Figueiredo tinha vícios processuais, que podiam ser resolvidos.

Entretanto, Mário Figueiredo interpôs uma providência cautelar para travar os acórdãos do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol que obrigam à repetição das eleições na Liga.

Mário Figueiredo, que preside à LPFP desde janeiro de 2012, foi reeleito com os votos de apenas sete clubes (Sporting, Paços de Ferreira e Belenenses, da I Liga, Leixões, Farense, Santa Clara e Atlético, da II Liga).

Siga-nos no Facebook, no Twitter, no Instagram e no Youtube.

Relacionadas

Para si

Na Primeira Página

Últimas Notícias

Notícias Mais vistas

Sondagem

Quem reforçou-se melhor no mercado?