Dezenas de jogadoras vão processar a FIFA por discriminação, devido à possibilidade de os jogos do Mundial feminino, que se disputa no Canadá no próximo ano, se disputarem em relvados artificiais.
A queixa apresentada pelas futebolistas na organização dos Direitos Humanos de Ontário contra a FIFA e a Associação de Futebol do Canadá alega que os encontros dos Mundiais masculinos são sempre disputados em relva.
O processo acusa ambas as entidades de colaborarem na discriminação contra as jogadoras, salientando que o torneio do próximo ano terá lugar “em campos, literalmente, desiguais” quando comparados com os dos homens.
As jogadoras defendem que a FIFA e a federação canadiana querem que estas joguem numa superfície de “segunda classe”, o que alteraria “fundamentalmente” a sua forma de jogar e aumentaria as hipóteses de lesão, ao mesmo tempo de desvalorizaria a sua dignidade.
Na sua exposição, as atletas concluem que esta matéria constitui uma violação contra os direitos humanos instituídos no Canadá.
A lista de queixosas inclui a atual futebolista do ano da FIFA, a alemã Nadine Angerer, a norte-americana Abby Wambach, Bola de Ouro em 2012, assim como internacionais de Austrália, Brasil, França, Japão, México, Coreia do Sul e Espanha.
As atletas pedem que seja instalada relva sobre o relvado artificial ou, em alternativa, para que os jogos sejam transferidos para estádios com relva natural.