O mais importante responsável desportivo da Ásia garantiu hoje que vai lutar "até ao fim" para que o Mundial de futebol de 2022 se mantenha no Qatar e classificou como "racismo" as críticas à organização do evento.
O sheikh Ahmad Al-Fahad Al-Sabah, presidente do Conselho Olímpico da Ásia (COA), declarou à agência de notícias AFP que todo o continente asiático apoia o Qatar, num momento em que a FIFA está a analisar o processo de atribuição do evento de 2022, sob suspeita de ter havido pagamento de luvas e outros atos de corrupção.
"Acho que o Qatar ganhou justamente, de acordo com os procedimentos da FIFA, e agora não se vai tirar o Mundial ao Qatar por causa de opiniões negativas dos media. Vamos resistir até ao fim e vamos lutar pelos direitos do Qatar até ao fim, porque pensamos que isto está mais relacionado com racismo [dos Media] do que com a realidade", disse o responsável do COA, que é cidadão do Kuwait.
A FIFA está a analisar um relatório sobre as votações para os Mundiais de 2018 (Rússia) e 2022 (Qatar) feito pelo antigo procurador federal norte-americano Michael Garcia, que já apelou a que o documento fosse tornado público.
O sheikh, que falava nos Jogos Asiáticos, em Incheon, Coreia do Sul, disse que considerava "razoável" que o Mundial de 2022 se realize no Inverno, para evitar as temperaturas extremas do país no verão, outra das críticas apontadas à FIFA.
Em setembro, o membro do comité executivo da FIFA Theo Zwanziger declarou a um jornal alemão que acha que o Mundial de 2022 "não vai realizar-se no Qatar".