O presidente da Académica de Coimbra defendeu hoje a renovação consensual da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), aos mais variados níveis, tornando-a mais atrativa, viável e democrática.
José Eduardo Simões, que falava à entrada de uma reunião dos clubes da I e II ligas de futebol, em Coimbra, defendeu a necessidade de se encontrar um novo sistema para o futebol português e acredita que o consenso acabará por prevalecer.
A mudança, ainda de acordo com o presidente dos “estudantes”, terá de ser feita “dentro de uma perspetiva de renovação do futebol português, da própria Liga, dos quadros estatutários, da realização financeira, e muito mais”.
“Todos os clubes querem acabar com esta situação para que a nova seja claramente melhor e mais favorável. Seja viável financeiramente e atrativa do ponto de vista comercial”, referiu José Eduardo Simões, alertando para a inexistência de patrocinadores para os campeonatos organizados pela Liga.
José Eduardo Simões apelou ainda à democratização estatutária dos regulamentos da Liga e à necessidade de, do ponto de vista desportivo, tornar os campeonatos mais competitivos.
“Espero que haja consenso (entre os clubes presentes na reunião), porque todos estamos preocupados com esta situação”, acrescentou José Eduardo Simões.
A LPFP vive um impasse desde que as eleições de 11 de junho, em que Mário Figueiredo foi reeleito para um segundo mandato, foram anuladas pelo Conselho de Justiça (CJ) da FPF, que mandou repetir o ato, por considerar que as listas encabeçadas por Fernando Seara e Rui Alves eram válidas.
Mário Figueiredo concorreu sozinho, porque o presidente da Mesa da Assembleia-Geral da LPFP, Carlos Deus Pereira, rejeitou as candidaturas de Rui Alves e Fernando Seara, alegando que estas não apresentaram candidatos a todos os órgãos sociais do organismo.
O CJ da FPF considerou ainda que a lista de Mário Figueiredo tinha vícios processuais, que podiam ser resolvidos.
Entretanto, Mário Figueiredo interpôs uma providência cautelar para travar os acórdãos do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol que obrigam à repetição das eleições na LPFP.
Mário Figueiredo, que preside à LPFP desde janeiro de 2012, foi reeleito com os votos de apenas sete clubes (Sporting, Paços de Ferreira e Belenenses, da I Liga, Leixões, Farense, Santa Clara e Atlético, da II Liga).