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França-Portugal: Dez jogos marcantes na carreira de Fernando Santos

Dez jogos marcantes na carreira de Fernando Santos, que se estreia no sábado como selecionador português de futebol.

França-Portugal: Dez jogos marcantes na carreira de Fernando Santos

26 de maio de 1991.
II divisão de Honra de 1990/91 (38.ª jornada).
Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria.
União de Leiria - ESTORIL, 2-2
(Cobra 57, Zezé Gomes 63/ Miguel 54, Monteiro 85)

A 26 de maio de 1991, em Leiria, Fernando Santos viveu o primeiro grande dia da sua carreira de treinador, ao garantir, com um empate em Leiria (2-2), a ascensão do Estoril à primeira divisão, na 38.ª e derradeira jornada da edição inaugural da II divisão de Honra.

A formação “canarinha” entrou para a última ronda em boa posição para assegurar um lugar entre os três primeiros, mas ainda em risco - não concretizaria a subida se, a terminar, perdesse em Leiria, o Académico de Viseu empatasse e o Torreense ganhasse.

Para complicar, o conjunto de Viseu empatou (0-0 em Espinho) e o Torreense venceu (3-2 na Maia), pelo que valeu ao Estoril o golo apontado a cinco minutos do fim por Monteiro, “arma secreta” lançada aos 77 minutos.

06 de março de 1994.
Campeonato nacional de 1993/94 (22.ª jornada).
Estádio 1.º de Maio, em Braga.
Sporting de Braga - ESTORIL, 2-1
(Jaime Pacheco 70, Toni 88/ Christian 10)

Fernando Santos cumpria a sétima temporada consecutiva como técnico do Estoril, mas as coisas estavam a correr mal e a “chicotada” aconteceu após a 22.ª jornada, altura em que a equipa seguia no último lugar, a seis pontos do penúltimo.

No 1.º de Maio, Christian, que viria a ser internacional brasileiro, marcou cedo, mas Jaime Pacheco, na sua última época como jogador, empatou e o cabo-verdiano Toni, com um tento aos 88 minutos, derrotou o Estoril (2-1).

Foi o fim de uma longa ligação ao clube da Amoreira, que passou a ser comandado pelo jogador/treinador Carlos Manuel, mas não evitou a descida de divisão. Só voltou ao convívio com os “grandes” em 2004/05.

09 de setembro de 1998.
Supertaça Cândido de Oliveira de 1997/98 (segunda mão).
Estádio 1.º de Maio, em Braga.
Sporting de Braga - FC PORTO, 1-1
(Formoso 80/ Capucho 68)

Escolhido para suceder a António Oliveira, que tinha dado o quarto título consecutivo ao FC Porto, Fernando Santos cedo teve a hipótese de conquistar o seu primeiro título - a Supertaça Cândido de Oliveira - e não desperdiçou a oportunidade.

A 09 de setembro de 1998, no local onde quatro anos, seis meses e três dias antes averbou uma derrota que lhe custou o primeiro despedimento, Fernando Santos levou os “dragões” a um precioso empate (1-1), depois de uma tangencial vitória caseira (1-0).

As coisas estiveram complicadas, com a expulsão do esloveno Zahovic, aos 42 minutos, mas o FC Porto, com menos um, marcou primeiro, por Capucho (68 minutos), ainda cedeu o empate - Formoso marcou a 10 minutos do fim -, mas segurou o troféu.

16 de fevereiro de 1999.
Taça de Portugal de 1998/99 (5.º eliminatória).
Estádio das Antas, no Porto.
FC PORTO - Torreense (II divisão “B”), 0-1
(Cláudio Oeiras, 87)

“É inexplicável o que aconteceu... isto foi um desastre, parece um pesadelo. Para já, este é o pior momento da minha carreira”, afirmou Fernando Santos, após ver o “seu” FC Porto ser eliminado em casa pelo Torreense, equipa que militava na II divisão “B”.

Depois de na ronda anterior já terem pregado um susto aos seus adeptos (4-2 ao Famalicão, após prolongamento), os “dragões”, com algumas “estrelas” a descansar, sofreram o que “A Bola” considerou uma “humilhação total”. Nunca um “grande” tinha sido afastado da Taça de Portugal por uma equipa do “terceiro escalão” do futebol luso.

Nas Antas, os sócios “azuis e brancos” começaram a pedir a “cabeça” de Fernando Santos, mas tudo viria a acalmar, embora ninguém tenha, certamente, esquecido a proeza de um jovem chamado Cláudio Oeiras, que marcou aos 87 minutos, 11 após ter entrado em campo.

22 de maio de 1999.
Campeonato nacional de 1998/99 (33.ª jornada).
Estádio José Alvalde, em Lisboa.
Sporting - FC PORTO, 1-1.
(Pedro Barbosa 46/ Zahovic 85)

A 22 de maio de 1999, Fernando Santos entrou para a história do futebol português como... o “engenheiro do penta”: poucos minutos antes de entrar em Alvalade, o FC Porto assegurou o título com o empate do Boavista em Faro (2-2), num jogo altamente polémico.

“Ainda não sei o que sinto... vou demorar algum tempo a acordar”, afirmou, visivelmente emocionado, Fernando Santos, após o encontro com os “leões”, que os “azuis e brancos” empataram (1-1), graças a um golo de Zahovic a cinco minutos do final.

A uma jornada do final, o FC Porto passou a contar 75 pontos, contra 71 do Boavista. Estava concretizado um dos maiores feitos da história do futebol luso, pois jamais uma equipa – incluindo os “violinos” do Sporting ou o Benfica de Eusébio - tinha arrebatado cinco campeonatos consecutivos.

19 de abril de 2000.
Liga dos Campeões de 1999/2000 (2.ª “mão” dos quartos-de-final)
Estádio Olímpico de Munique.
Bayern Munique, Ale - FC PORTO, 2-1 (1-1 na primeira “mão”)
(Paulo Sérgio 14, Linke 90/ Jardel 89)

A situação no campeonato não era famosa - os “dragões” seguiam a dois pontos do líder Sporting, a quatro jornadas do fim -, mas o FC Porto “brilhava” nas taças europeias e chegou a “sonhar” com um lugar nas meias-finais da Liga dos Campeões.

Em Munique, a 19 de abril de 2000, o “onze” de Fernando Santos, que em casa se tinha ficado por um empate (1-1), cedo começou a perder, mas, a um minuto do fim, o “inevitável” Mário Jardel igualou a eliminatória, que parecia destinada a resolver-se no prolongamento.

O “sonho” da formação portista “morreu”, porém, pouco depois: Linke marcou e qualificou o Bayern Munique para as meias-finais.

29 de abril de 2000.
Campeonato Nacional de 1999/2000 (32.ª jornada)
Estádio São Luís, em Faro.
Farense - FC PORTO, 3-3
(Marinescu 05, 44, Everson 81/ Jardel 16, 26gp, Drulovic 31)

Dez dias depois de ver acabar em Munique o “sonho” europeu, o FC Porto comprometeu decisivamente a 29 de abril de 2000 as suas hipóteses de conquistar o “hexa”, ao empatar em Faro (3-3), na antepenúltima jornada do “nacional”.

A formação “azul e branca” começou mal, mas virou o jogo de 0-1 para 3-1, com dois golos de Jardel e um de Droluvic, só que, em “cima” do intervalo, Marinescu “bisou” e reduziu e, aos 81 minutos, Everton restabeleceu a igualdade.

Fernando Santos, que a 12 minutos do final trocara Capucho por Ricardo Silva, foi muito criticado e o FC Porto acabou mesmo por perder o título na última ronda, de nada lhe valendo a ajuda do Benfica (1-0 em Alvalade, na penúltima jornada).

27 de abril de 2002.
Taça da Grécia de 2001/2002 (final)
Estádio Louis Spiros, em Atenas.
AEK ATENAS - Olympiakos, 2-1
(Konstantinidis 52, Ilja Ivic 83/ Giovanni 70)

Na primeira época no estrangeiro, Fernando Santos cumpriu um percurso “brilhante”, coroado a 27 de abril de 2002 com a conquista da Taça da Grécia, após uma vitória por 2-1 sobre o “gigante” Olympiakos, selada com um golo do jugoslavo Ilja Ivic a sete minutos do final.

“Foi um desafio soberbo, digno de uma final... da Liga dos Campeões. Fomos recompensados pelo esforço empreendido durante toda a época, pois merecíamos um título”, afirmou o técnico luso, após conquistar o seu primeiro troféu – e ainda único - no estrangeiro.

Além deste título, o AEK Atenas esteve ainda muito perto de ganhar o campeonato - terminou em segundo, em igualdade pontual com o campeão Olympiakos - e chegou aos oitavos de final da Taça UEFA, “caindo” apenas frente aos italianos do Inter de Milão (1-3 fora e 2-2 em casa).

18 de agosto de 2007.
I Liga portuguesa de 2007/2008 (1.ª jornada).
Estádio do Bessa, no Porto.
Leixões – Benfica, 1-1.
(Nwoko 90+4/ Petit 90)

O Benfica abriu o campeonato com um dececionante 1-1 com o Leixões, que jogou no emprestado estádio do Bessa, isto depois de se ter adiantado no marcador aos 90 minutos, graças a um golo do médio Petit.

Quando o triunfo parecia garantido, Nwoko restabeleceu a igualdade, aos 90+4 minutos, e acabou por ditar o adeus de Fernando Santos aos “encarnados”, decidido dois dias depois.

“Não posso dizer que saio magoado, mas nenhum treinador que tenha conquistado o torneio do Guadiana há 15 dias, um jogo para a Liga dos campeões e que fez o 22.º jogo sem derrotas para o campeonato nacional está à espera de sair", frisou.

24 de junho de 2014.
Fase final do Mundial de 2014 (3.ª jornada do Grupo C).
Estádio Castelão, em Fortaleza.
Grécia – Costa do Marfim, 2-1.
(Andreas Samaris 42, Georgios Samaras 90+3gp/ Wilfried Bony 74)

Fernando Santos fez história ao comando da Grécia, ao qualificar os helénicos pela primeira vez para os oitavos de final de um Mundial, graças a um dramático triunfo por 2-1 sobre a Costa do Marfim.

No Estádio Castelão, uma grande penalidade apontada por Georgios Samaras, já aos 90+3 minutos, selou o apuramento dos gregos, que tinha estada a vencer por 1-0, graças a um tento do agora benfiquista Andreas Samaris, aos 42, mas vira Wilfied Bony restabelecer a igualdade, aos 74.

A Grécia atingiu os “oitavos”, nos quais caiu nas grandes penalidades (3-5), a 29 de junho, face à Costa Rica, depois de forçar o prolongamento, aos 90+1 minutos. Foi a despedida de Fernando Santos, ao 49.º jogo.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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