Um penálti “fantasma”, apontado aos 90+3 minutos pelo camaronês Eric Choupo-Moting, custou hoje ao Sporting um desaire por 4-3 no reduto dos alemães do Schalke 04, na terceira jornada do Grupo G da Liga dos Campeões.
Depois de o segundo golo dos alemães, de autoria de Huntelaar, já ter surgido na sequência de um fora de jogo, a vitória do Schalke surgiu, de penálti, num remate de cabeça de Huntelaar que foi embater no rosto do lateral esquerdo argentino do Sporting.
O árbitro nada assinalou num primeiro momento, mas depois apontou à marca do castigo máximo por indicação do seu árbitro assistente, penalizando a equipa do Sporting.
Os “leões” não foram apenas vítimas dos erros do árbitros, mas também dos seus, mas souberam reagir de forma notável depois de passarem a jogar com menos um jogador a partir dos 33 minutos, por expulsão de Maurício, e de verem o Schalke virar o 0-1 para 3-1.
Mais uma vez, os centrais do Sporting voltaram a comprometer, depois de o terem feito na Eslovénia, primeiro por Maurício, que viu dois amarelos por faltas desnecessárias a meio-campo.
Marco Silva viu-se obrigado a sacrificar João Mário para a entrada de Nabi Sarr, e este voltou a comprometer no lance do terceiro golo dos alemães, aos 60 minutos, numa bola parada em que foi claramente batido nas alturas por Howedes.
Como se não bastasse o erro de Maurício, numa altura em que o Sporting estava na frente do marcador, graças a um golo de Nani aos 16 minutos, e controlava o jogo, pressionando alto e jogando com o bloco subido, eis que Rui Patrício, que está em grande forma, como provou frente ao Chelsea e pela seleção nacional, deu um “frango” aos 34 minutos, após remate de cabeça de Obasi.
A equipa leonina, que já tivera um contratempo com a lesão de Slimani, aos 25 minutos, não se deixou abater, e a verdade é que até ao intervalo não se deu pela sua inferioridade numérica, mantendo-se fiel à sua filosofia de jogo, atrevida, a jogar no campo todo.
Na segunda parte, o Schalke deu a volta ao jogo, com dois golos, o primeiro de Huntelaar e o segundo por Howedes, no tal lance que bateu Nabi Sarr por alto, golos que, todavia, não traduziam supremacia alemã em termos de jogo jogado.
O destino da partida parecia estar irreversivelmente traçado, mas o Sporting, numa demonstração de caráter, de espírito de sacrifício e personalidade, não atirou a “toalha ao chão”.
O clube português continuou a estender o jogo até à área alemã, chegou ao 3-2, por Adrien Silva, de penálti (falta sobre Carrillo) aos 64 minutos, e ao 3-3, aos 78, pelo mesmo jogador, após uma excelente jogada coletiva que culminou com um cruzamento perfeito de Cédric para a cabeça do médio leonino.
Quando o empate parecia inevitável, a premiar a capacidade de reação do Sporting em circunstâncias muito adversas, o Schalke chegou ao triunfo num lance muito contestado pelos “leões”.
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