O ex-futebolista italiano e a sua mulher, Daniela Arenoso, negaram hoje a implicação num suposto delito de fraude fiscal e informaram que vão colaborar com a Justiça para esclarecer o caso.
"Fabio Cannavaro e Daniela Arenoso desejam assinalar que as acusações contra si realizadas pela Procuradoria de Nápoles, às que a imprensa de hoje dá grande importância, referem-se unicamente ao regime fiscal aplicável a uma empresa representada pela senhora Arenoso, que tratava do aluguer de embarcações de recreio”, pode ler-se na nota publicada na página do Facebook do antigo futebolista e assinada pelo advogado Luigi Petrillo.
As declarações produzem-se horas depois da polícia fiscal italiana ter confiscado ao casal bens no valor de 900.000 euros por alegada fraude na gestão de uma empresa de aluguer de embarcações de luxo.
O comunicado do ex-jogador do Real Madrid precisa que “há vários anos” sobre este assunto “um importante litígio, que ainda não está concluído”.
“Em qualquer caso, os cônjuges Cannavaro, convencidos que as suas contas estão em ordem, deram instruções aos seus advogados para que proporcionem qualquer esclarecimento necessário às autoridades judiciais, impugnando a medida de confiscação efetuada hoje”, acrescenta a nota.
A medida, de cariz cautelar, foi ativada na segunda-feira por um juiz de instrução de Nápoles em relação a uma presumível sistema fraudulento praticado na empresa FD Service, gerida por Cannavaro e pela sua mulher.
Este alegado delito foi descoberto em 2011 pelo fisco napolitano, que alertou para “a natureza simulada” da empresa que, na realidade, estava destinado ao uso e benefício do casal.
De acordo com a Procuradoria, o ex-capitão da seleção italiana evadiu o pagamento de uma série de impostos sobre o combustível, que alcançou o milhão de euros entre 2005 e 2010.