O novo presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Luís Duque, afirmou hoje ser a favor da centralização dos direitos televisivos das competições, embora preconize um modelo “estudado com os clubes e o mercado”.
No seu discurso de tomada de posse, o novo dirigente do futebol profissional recuperou uma matéria que nunca encontrou consenso com o anterior presidente, o advogado Mário Figueiredo, ressalvando: “Os parceiros para esta mudança não estão a trabalhar nos tribunais”.
“Está provado que o modelo dá resultados e que só Portugal e Espanha resistem a essa mudança de paradigma”, disse Luís Duque, salientando que “ninguém avançará para esse modelo com uma mão cheia de nada ou trocando a certeza atual por uma promessa de oásis futuro”.
Aliás, segundo o novo dirigente, é até da opinião que, pelo momento que o país vive e pelo “muito ainda a trabalhar, não será um oásis que tudo salvará”.
“Antes de mais, importa estudá-la, com os clubes, com o mercado e dando oportunidade a todos de participarem dessa alteração de paradigma”, justificou.
Para isso, Duque anunciou que a mudança está “nas empresas, nas distribuidoras de televisão, nos detentores de direitos, nas televisões de Portugal e do Mundo”.
“É com esses parceiros que temos que nos sentar, talvez não estejamos em lados diferentes de trincheiras de guerra”, disse o responsável, cuja direção foi hoje eleita de forma massiva, com 46 entre 54 votos possíveis, nomeadamente o apoio do Benfica e FC Porto, excetuando-se o Sporting.
Luís Duque foi dirigente dos “leões” antes da vigência do atual presidente, Bruno de Carvalho, clube que, em Assembleia Geral, votou a favor de uma ação judicial contra o antigo administrador da SAD sportinguista, por alegados atos de gestão danosa.