A FIFA, o sindicato internacional de futebolistas (FIFPro) e a INTERPOL uniram-se para combater o flagelo dos jogos combinados, iniciando uma campanha preventiva que visa reforçar a deteção, declinação e denúncia de todas as tentativas de corrupção.
“Hoje começa uma luta coordenada de três organizações globais contra o arranjo de jogos. Unindo os nossos recursos, poderemos chegar mais longe no nosso esforço de proteger a integridade no futebol. Com este DVD queremos reavivar o debate sobre a melhor forma de enfrentar os jogos combinados e denunciá-los”, explicou o secretário-geral da FIFPro, Theo van Seggelen, durante o congresso do organismo, que decorre no Japão.
A campanha usa exemplos positivos de futebolistas – Frank Lampard, Sone Aluko e Kolo Touré –, juntamente com dois outros atletas que foram aliciados a desvirtuar jogos de futebol. O vídeo dura 15 minutos e será utilizado em programas de formação em áreas como a integridade, além de ser usado em iniciativas de federações de sindicatos nacionais.
As organizações prometem tratar as denúncias “com toda a confidencialidade”.
O secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, destacou a importância desta “iniciativa sem precedentes”, que junta as três partes envolvidas no futebol, considerando que a mesma revela apoio aos futebolistas, de quem se espera a necessária “colaboração”.
“Fazemos um apelo a quem joga futebol para que promova a transparência e integridade, estando atentos, atuando de forma responsável e ajudando a proteger a modalidade”, vincou.
O porta-voz da Interpol, Ronald Noble, recorda que “quando uma investigação começa, o estrago já está feito”, pelo que destaca a importância de “reforçar a primeira linha defensiva, nomeadamente com os jogadores e outras pessoas que controlam o que se passa em campo”.
“Inclusivamente as decisões que parecem insignificantes podem acarretar consequências graves. O DVD servirá para sensibilizar os jogadores sobre a determinação e facilidade com que as redes de crime organizado se dirigem a pessoas, que podem atacar, fazendo-as sentir encurraladas em situações difíceis das quais não podem sair”, acrescentou.