Comentário: Paços Ferreira vence V. Setúbal em jogo com decisão polémica

O caso do jogo surgiu aos 61 minutos, quando Edson Farias, isolado por Bruno Moreira, caiu na área do Setúbal num choque casual com Ricardo Ferreira, que Luís Ferreira considerou faltoso e, por via disso, assinalou a respetiva grande penalidade e expulsou o guarda-redes, numa altura em que os sadinos já tinham esgotadas as alterações.

Giovani, que tinha entrado ao intervalo para o lugar do "apagado" Pelkas, não evitou o golo de Sérgio Oliveira, depois de Urreta, o melhor em campo, ter inaugurado o marcador para os pacenses, aos 52, mas, no resto, teve a vida facilitada pelos pacenses, chegando até a defender o primeiro remate de Hurtado na conversão de uma justa penalidade.

O internacional peruano marcou na recarga, aos 79 minutos, antes de Paulo Tavares, aos 83, reduzir, na segunda recarga a uma grande penalidade, após desnecessária falta de Jaílson na área pacense. Bruno Moreira fez o sexto golo já nos descontos, aos 90+5, marcando pelo quinto jogo consecutivo.

Com este merecido triunfo, o nono dos pacenses diante dos sadinos em 13 encontros na Capital do Móvel para o campeonato, o Paços de Ferreira ascendeu provisoriamente ao quarto lugar, com 17 pontos, enquanto o Vitória de Setúbal mantém oito e fica provisoriamente no 13.º lugar.

Num jogo dominado pelos locais, os alas sadinos Manu e Zequinha funcionaram, em especial no primeiro tempo, como segundos laterais, para conterem a subida dos laterais pacenses, Miguel Pedro alinhou como elemento mais avançado, apoiado por Pelkas, que recuava para ajudar a fechar o jogo interior da formação pacense.

O jogo pedia paciência aos locais, que bem pode queixar-se da falta de pontaria de Edson Faria, por duas vezes, Jaílson e Bruno Moreira, numa primeira parte em que os sadinos só por duas vezes remataram à baliza de Rafael Defendi e jogaram sempre atrás da linha da bola, sem iniciativa ofensiva e muito em contenção.

O empate era lisonjeiro para os sadinos ao intervalo, mas o "nó" seria desatado por Urreta, aos 52 minutos, num trabalho individual concluído com um remate cruzado, sem possibilidades de defesa para Ricardo Batista.

Foi uma das últimas ações no jogo do sadino, mas Giovani, que o substituiu na baliza contou com a complacência dos pacenses, sobretudo após o terceiro golo, permitindo até que o Setúbal "crescesse", reduzisse e ameaçasse, por duas vezes, o segundo golo.

No último lance, numa triangulação pela direita, Minhoca serviu Bruno Moreira na área e o avançado, tirando partido de Giovani não ter rotinas de guarda-redes, fechou a contagem.