O Benfica regressa na quarta-feira à Europa, pela “porta” da EuroChallenge, a terceira competição da hierarquia, com o objetivo de repetir 2010/11, época em que conseguiu chegar ao “top 16”.
Integrado no Grupo E, juntamente com os finlandeses do Kataja Basket, os belgas do Mons-Hainaut e os franceses do JSF Nanterre, o conjunto de Carlos Lisboa tem que ficar nos dois primeiros lugares para seguir em frente.
Entre a elite europeia, no Europeu de clubes, em 1993/94, 1994/95 e 1995/96, o “cinco” da Luz está apenas pela segunda vez na Europa nos últimos 16 anos, após abdicar sucessivamente do direito desportivo a participar.
Por questões económicas, o Benfica optou quase sempre pela ausência, mas, agora, está de volta, com um plantel com poucas novidades em relação ao da temporada transata.
As saídas de João “Betinho” Gomes e David Weaver foram compensadas com as entradas de João Soares (ex-Oliveirense) e Ronald Slay (ex-Châlens Reims), num conjunto que tem como objetivo prioritário o reforço da hegemonia nacional.
Detentor de todas as provas do calendário luso (Liga, Taça de Portugal e Taça Hugo dos Santos, conquistadas a época passada, e Supertaça e Troféu António Pratas, já em 2014/15), o Benfica vai ter bem mais problemas para triunfar na Europa.
Campeão de França em 2012/13 e vencedor da Taça de França na época passada, o JSF Nanterre é um conjunto bem mais rodado, tendo disputado em 2013/14 a Euroliga, prova em que conseguiu o feito de vencer no reduto do FC Barcelona (71-67).
Com seis jogadores de origem norte-americana, o conjunto comandado por Pascal Donnadieu, vencedor da II divisão em 2010/11, segue nos primeiros lugares do campeonato gaulês e é uma das equipas referência do país campeão europeu em título.
Por seu lado, os belgas do Mons-Hainaut são presença habitual na Europa, tendo disputado a Eurocup, segunda prova da hierarquia, entre 2009/10 e 2013/14, alcançando o “top 16” em 2010/11, época da conquista da Taça da Bélgica.
A formação vice-campeã belga em 2012/13, que conta com sete jogadores nascidos nos “states” e é orientada por Yves Defraigne, também tem história na EuroChallenge, prova em que foi finalista em 2007/08, caindo por um mísero ponto (62-63) na final com o Barons LMT.
Quanto aos finlandeses do Kataja, estão a disputar o EuroChallenge pela terceira época consecutiva, sendo que em 2012/13 chegaram aos quartos de final, fase em que tombaram perante os gauleses do BCM Gravelines.
Com quatro jogadores norte-americanos, o “cinco” comandado por Pekka Salminen também esteve na fase de grupos em 2013/14, mas não conseguiu seguir em frente.
A fase de grupos da 12.ª edição da EuroChallenge é disputada por 32 clubes, divididos em oito grupos de quatro, com os dois primeiros de cada a qualificaram-se para o “top 16”.
Nesta fase, os 16 clubes são divididos em dois grupos, com os dois primeiros a rumarem aos quartos de final, disputados em “play-off”, à melhor de três jogos. Os vencedores qualificam-se para a “final four”.
Os dois finalistas da prova garantem o acesso direto à fase de grupos da Eurocup, segunda prova da hierarquia da Federação Internacional de Basquetebol (FIBA), de 2015/16.