A possibilidade de algumas provas dos Jogos Olímpicos se disputarem num país diferente do da cidade sede, e a eliminação do número limite de desportos são algumas das propostas a analisar brevemente pelo Comité Olímpico Internacional (COI).
De acordo com a lista de propostas que irá ser analisada a 08 e 09 de dezembro na assembleia geral do COI, o organismo pretende que a cidade sede possa transferir, “de forma excecional”, a organização de algumas provas para outras cidades dentro ou fora do seu país, desde de que “respeite a integridade da aldeia olímpica”.
O COI pretende alterar o sistema de eleição dos anfitriões, desafiando algumas cidades a apresentarem projetos que melhor respondam às suas necessidade a longo prazo, nos planos económico, social, ambiental e desportivo.
Para reduzir custos no processo de candidatura, o COI vai diminuir o número de apresentações feitas pelas cidades candidatas e disponibilizar-lhes-á “uma contribuição financeira significativa”.
O COI pretende também a eliminação do número limite de 28 desportos nos Jogos Olímpicos de verão, e a criação de um programa baseado no número de provas, desde de que não se ultrapassem as quotas estabelecidas para atletas, treinadores e pessoal de apoio.
Outra das propostas a apresentar é a inclusão na Carta Olímpica da não discriminação pela orientação sexual como um dos princípios fundamentais do olimpismo.
A criação de um canal de televisão olímpico de âmbito planetário, que funcione permanentemente, e o reforço de medidas de controlo económico e ético, são outras das ideias a analisar.
O presidente do COI, o alemão Thomas Bach, anunciou hoje em Lausana as 20 propostas da chamada Agenda 2020, ano no qual o organismo pretende que as mudanças entrem em vigor.