Comentário: Benfica empata sem golos com o Leverkusen no adeus à Europa

Em noite fria e num estádio quase "deserto", a equipa do Benfica, já sem hipóteses de seguir nas provas europeias, alinhou, tal como se previa, com um onze “órfão” das suas principais estrelas, tais como Luisão, Salvio, Maxi Pereira Gaitán e Enzo Pérez, poupados a pensar no “clássico” de próximo domingo, frente ao FC Porto, da 13.ª jornada da liga portuguesa.

Este Benfica em “poupanças” acabou por negar o primeiro lugar do grupo ao Leverkusen, que terminou com 10 pontos e viu o Mónaco de Leonardo Jardim seguir para os oitavos de final como vencedor, depois de um triunfo em casa sobre o Zenit (2-0). Os russos, com sete pontos, caem para a Liga Europa e o Benfica, quarto e último classificado, com cinco, diz "adeus" às provas europeias.

A primeira parte começou de forma lenta. Os primeiros minutos do jogo foram disputados no centro do terreno, sem um domínio evidente de uma das partes, até que aos 11 minutos, sem que tivesse feito muito por isso, o Benfica dispôs da primeira oportunidade de golo do jogo.

Após passe de Lima, Ola John, sobre a esquerda, deu um "nó" em Hilbert, já perto da linha do fundo, e cruzou rasteiro para a zona central da área, onde apareceu Lima, isolado e sem oposição, a atirar por cima, com a bola ainda tocar a barra.

Esta seria de resto a primeira de três oportunidades desperdiçadas pelo avançado brasileiro. À passagem do minuto 25, após canto cobrado por Pizzi, rematou por cima, e aos 41, servido por Ola John, rematou forte e cruzado de pé esquerdo, fazendo a bola passar perto do poste direito da baliza de Leno.

Nos últimos minutos da primeira parte, em que o Benfica acabaria por sair com sinal mais, destaque ainda para um remate forte de Bebé, aos 41, que não chegou para assustar o guardião alemão e, já em cima do intervalo, o primeiro remate com perigo do Leverkusen. O ponta de lança Drmic chutou forte de meia distância, mas Artur encaixou sem problemas.

A segunda parte começou, tal como a primeira, morna. O ligeiro crescimento dos "encarnados" nos minutos finais da primeira parte não se verificou no segundo tempo e o jogo voltou a uma toada morna, disputado a meio campo.

O primeiro lance de registo surgiu à passagem da hora de jogo, quando um corte do brasileiro César ressaltou contra Hilbert, fazendo a bola passar a centímetros do poste direito de Artur, que estava batido.

Depois disso, Jorge Jesus mexeu na equipa, trocando Lima por Talisca, e o jogo do Benfica melhorou consideravelmente. O jovem brasileiro, melhor marcador do Benfica nesta época, trouxe velocidade ao jogo e melhorou as transições rápidas do ataque "encarnado".

O mesmo Talisca deu o susto da noite aos adeptos e ao treinador do Benfica. Após um lance dividido, o brasileiro caiu sobre o relvado e recebeu assistência médica durante alguns minutos, tendo saído de maca das quatro linhas. Apesar do sinal de substituição feito pelo médico do Benfica para o banco de suplentes, Talisca regressou ao relvado poucos depois, afastando o cenário de lesão.

Até ao final do jogo, ainda houve três lances a registar. Bebé, na “cara do golo”, permitiu o corte no momento em que se preparava para rematar, e, na sequência do pontapé de canto, o defesa central César teve na cabeça o golo dos “encarnados”, mas atirou por cima da baliza.

Já reduzido a dez elementos, por expulsão do defesa central Omer Toprak, após de ver o segundo amarelo, o Leverkusen dispôs ainda de uma oportunidade para marcar. Bellarabi cruzou, Kiessling falhou a interseção o atento Artur, que terminou o jogo com um par de boas defesas, resolveu o lance.

Fechadas as contas do grupo C, O Mónaco de Leonardo Jardim que no outro jogo do grupo venceu em casa o Zenit, de André Villas Boas, venceu o grupo C, com 11 pontos, mais um do que o Leverkusen, segundo classificado. Ambos seguem na Liga dos Campeões. O terceiro classificado, Zenit, com sete pontos, cai para a Liga Europa, enquanto o Benfica, quarto e último classificado, com cinco pontos, diz "adeus" às provas europeias.