FC Porto-Benfica: Primeiro 'choque' entre Jesus e Lopetegui vale liderança

Para o antigo guarda-redes do FC Barcelona, agora treinador do FC Porto, o embate contra o Benfica tem uma importância acrescida, depois do desaire que foi o ‘clássico’ contra o Sporting, na Taça de Portugal. Mais do que a liderança no campeonato, trata-se de uma questão de orgulho.

Jesus, o treinador que está na sua sexta época aos comandos do Benfica, acaba de sair da Liga dos Campeões pela ‘porta pequena’ - nem a descida à Liga Europa foi conseguida - e sabe que a campanha interna ficará muito bem encaminhada caso consiga surpreender o rival no seu reduto.

Ao jogo mais estruturado e de ataque construído do FC Porto (sobretudo com Brahimi e Tello) o Benfica tenderá a responder com a rapidez das suas ações ofensivas, em que tem sido exímio e concretizador esta época, sobretudo no plano interno.

A grande mais-valia do Benfica é o seu lado direito - a maioria das suas ações ofensivas passa por aí - a par da genialidade de Gaitán, mais a meio do terreno, e da eficiência de Talisca, que chegou a estar em dúvida para domingo, mas está aparentemente recuperado.

A meio da semana, o Benfica poupou na Liga dos Campeões as suas ‘estrelas’ - Salvio, Maxi Pereira, Gaitán, Enzo Pérez, Luisão - mas no Dragão regressa na máxima força.

Ao contrário do Benfica, o melhor do FC Porto é manifestamente o lado esquerdo, essencial na construção das jogadas que vão dar em golo - uma ‘máquina’ mais lenta no desenvolvimento, mas francamente eficaz.

O treinador basco também deu descanso a meia equipa, no último jogo da ‘Champions’, em que teve a desagradável surpresa de ver lesionar-se com alguma gravidade Rúben Neves, uma das ‘armas’ a que costuma recorrer, na sua intensa rotação de jogadores para o ‘onze’ inicial.

À 13.ª jornada da Liga, nada ficará ainda resolvido, se bem que a vitória do Benfica implique um ‘fosso’ de seis pontos, uma diferença já assinalável.

O empate deixa tudo como está - diferença de três pontos apenas - e a vitória do FC Porto, o resultado estatisticamente mais provável, atendendo ao historial, deixa os dois ‘gigantes’ irmanados no comando e ainda com cerca de dois terços do campeonato pela frente.

A evidente importância e mediatismo do jogo é reconhecida pelo Conselho de Arbitragem da FPF, que nomeia para o Dragão um dos mais prestigiados juízes portugueses, Jorge Sousa. Para o portuense, é já o quinto clássico entre ‘dragões’ e ‘águias’ na carreira, voltando ao estádio do FC Porto após três épocas.