A Suíça aprovou hoje uma proposta de lei para intensificar o escrutínio financeiro às cerca de 60 entidades desportivas internacionais sedeadas no país, incluindo a FIFA, a máxima autoridade mundial para o futebol.
De acordo com a proposta, os líderes destas organizações passam a ser consideradas "pessoas politicamente expostas", o que facilita uma eventual acusação em casos em que sejam suspeitos de lavagem de dinheiro ou corrupção.
A legislação é parte de um pacote de medidas conhecido como "Lex FIFA", criado e desenvolvido para dar resposta a anos de suspeitas de corrupção em torno destas entidades desportivas internacionais.
Ainda assim, a proposta de lei - que se baseou num conjunto de recomendações redigido pelo grupo intergovernamental Financial Action Task Force - continua a permitir que estas entidades beneficiem de vantagens fiscais.
Cabe agora ao governo suíço transformar a proposta em lei.
O presidente do Comité Olímpico Internacional, Thomas Bach, declarou que "apoia integralmente" as alterações que se aplicarão ao COI.
"A decisão da suíça está em linha com as nossas práticas e nós acolhemo-la de todo o coração", disse.
A FIFA tem estado na mira de uma investigação quanto a eventuais práticas de corrupção na escolha do Qatar para sede do Mundial de futebol de 2022.