A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) abdicou na sexta-feira de receber a fase final da Liga Mundial, agendada para julho de 2015, como protesto pelos castigos impostos a alguns jogadores da sua seleção e ao treinador Bernardo Rezende.
A decisão, tornada pública através de comunicado, surge um dia depois de a Controladoria-Geral da União (CGU) ter detetado irregularidades na gestão de dinheiro públicos na CBV quando o organismo era presidido por Ary Graça, atual presidente da Federação Internacional de Voleibol (FIVB).
Na sexta-feira, o organismo internacional puniu vários jogadores que em setembro, durante um jogo do Mundial, na Polónia, se rebelaram contra uma mudança no marcador de um ponto inicialmente atribuído ao Brasil. A CBV anunciou que vai recorrer.
A entidade brasileira diz "repudiar a atitude da FIVB" e considera que o castigo imposto é uma "clara demonstração de retaliação ao posicionamento da CBV perante os indícios de irregularidades apresentados pela CGU".
O técnico Bernardo Rezende foi punido com 10 jogos de suspensão e multa de 2.000 dólares (cerca de 1.600 euros). O líbero Mário Junior foi suspenso seis jogos, Murilo Endres um jogo e Bruno Rezende, capitão da seleção, foi multado em 1.000 dólares (cerca de 800 euros).
"A CBV não compactua com as práticas desenvolvidas pela FIVB e toma esta atitude para resgatar o respeito que o Brasil tem e merece no cenário desportivo internacional", conclui o comunicado.