Comentário: FC Porto derrota Rio Ave com golo solitário de Aboubakar

O triunfo acaba por ajustar-se à equipa que mais oportunidades criou e justificou, perante um Rio Ave alguns furos abaixo do habitual e que só reagiu verdadeiramente ao domínio portista quando se viu em desvantagem no marcador.

Os dois conjuntos apresentaram-se para este desafio com alterações nos seus "onzes" habituais, com mudanças mais evidentes na formação portista, na qual o espanhol Julen Lopetegui promoveu uma autêntica revolução na equipa.

Além da aposta em Reyes e José Angel, há muito afastados das escolhas iniciais, também Andrés Fernandez, Adrián Lopez e Aboubakar, entre outros, tiveram oportunidade de se mostrar.

Já no lado do Rio Ave, as mexidas não foram tão significativas, mas mereceu destaque o regresso de Ederson à baliza, e de Jebor como ponta de lança.

Apesar do teórico menor entrosamento, foram os "dragões" a entrar melhor na partida, não demorando a assumir o controlo do desafio e criando as oportunidades mais perigosas.

Ainda antes do quarto de hora, Quaresma, em posição privilegiada, atirou por cima da baliza de Ederson, que, aos 29 minutos, fez três defesas consecutivas.

Depois de afastar um livre de Casemiro, o guardião do Rio Ave ainda teve reflexos para parar as recargas de Aboubakar e Evandro.

O Rio Ave sentiu muitas dificuldades para criar jogo ofensivo, apresentando-se de forma muito desarticulada sempre que subia no terreno e só conseguindo a sua melhor oportunidade depois da meia hora, num cabeceamento de Jebor para defesa de Fernandez.

No regresso do descanso, o FC Porto voltou a surgir com uma rotação mais elevada e, depois de um primeiro aviso de Adrian Lopez, num remate ao poste, acabou por chegar à vantagem aos 61 minutos.

Na sequência de um canto apontado por Quintero, Aboubakar, com ajuda do defesa do Rio Ave Nuno Lopes, desviou a bola da zona de ação do guardião Ederson, apontando o 1-0.

Apesar do golo sofrido, o guardião dos vila-condenses esteve em destaque, cinco minutos depois, ao defender com os pés um remate de Ricardo.

Só com este lance, a equipa de Pedro Martins pareceu despertar, ameaçando o empate com um cabeceamento de Diego Lopes à barra da baliza portista.

No entanto, e com pouco mais de 15 minutos para o final do jogo, os `dragões´ não largaram o controlo do desafio, segurando, sem grandes calafrios, a ténue reação do Rio Ave e a consequente vantagem mínima.