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Cabo-verdianos entre o entusiasmo e o receio do poderio dos adversários

Os cabo-verdianos estão confiantes numa boa prestação da seleção na Taça das Nações Africanas de futebol (CAN2015), mas alertam para o poderio dos adversários do Grupo B, com destaque para a Tunísia, que defronta hoje.

Cabo-verdianos entre o entusiasmo e o receio do poderio dos adversários

Cláudio Santos, 42 anos, disse que não acompanha muito a seleção de Cabo Verde, mas aposta numa boa prestação dos ‘Tubarões Azuis’, nesta que é a sua segunda participação na maior prova de seleções em África.

"É preciso fazer um bom resultado no primeiro jogo contra a Tunísia, para depois progredir cada vez mais. Cabo Verde tem uma boa equipa que está bem preparada", avaliou Cláudio, natural da Cidade da Praia, dizendo que a equipa cabo-verdiana poderá chegar às meias-finais.

Para Cláudio Santos, o setor mais frágil da seleção cabo-verdiana é o meio campo, onde, lembrou, as equipas adversárias têm tido muita facilidade.

"Graças a Deus, a defesa e o ataque são muito fortes", referiu, apostando na "experiência" do português Rui Águas para levar a seleção "longe".

"Se tivesse uma bola de cristal é claro que gostava de ver Cabo Verde ganhar. Mas tenho esperança e confiança no percurso que tem feito e é um candidato a ir longe. Porque não à final?", questionou, com algum otimismo, Tchalé Figueira.

Em declarações à agência Lusa, o artista plástico e escritor admitiu que o jogo de hoje com a Tunísia será "decisivo", mas afirma que Cabo Verde já deu provas que pode ganhar qualquer equipa de África.

Recordando a vitória de Cabo Verde por 2-0 frente aos tunisinos, em jogo de apuramento para o Mundial2014, Tchalé Figueira alertou para os possíveis erros de arbitragem, "que podem acontecer em qualquer parte do mundo, mas em África são mais evidentes".

João Tomar, 46 anos, gestor de empresas, outro dos entrevistados da agência Lusa nas ruas da Cidade da Praia, disse que as expetativas são "boas e positivas", esperando "bom desempenho" dos ‘Tubarões Azuis’.

"É preciso jogar com a mesma tranquilidade de sempre, porque temos boa equipa. Mas temos de respeitar sempre os adversários, jogar com disciplina e humildade", disse Tomar, elogiando a equipa técnica cabo-verdiana, liderada desde agosto último pelo português Rui Águas.

O gestor de empresas alertou ainda para o poderio dos adversários do grupo de Cabo Verde, nomeadamente a Tunísia e a Zâmbia, que já foram campeãs africanas, mais a República Democrática do Congo, que "tem evoluído muito nos últimos tempos".

"São seleções com alguma tradição em África. O facto de termos feito uma boa participação na última CAN, tendo chegado aos quartos de final, dá-nos outra tranquilidade e motivação para encarar os jogos com determinação, vontade de ganhar, tudo isso sabendo do nosso valor", disse.

Para Tomar, o objetivo deve ser "ir o mais longe possível", mas "não se pode exigir a Cabo Verde que ganhe a CAN".

"Acredito muito na nossa seleção, mas temos que ter os pés bem assentes e saber que há seleções com mais recursos, mais condições e mais tradição", assumiu.

Quanto ao jogo de hoje, João Tomar afirmou que "é bom começar a ganhar", mas disse que não é decisivo, uma vez que Cabo Verde ainda terá mais dois jogos onde poderá conquistar pontos suficientes para o apuramento.

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