O Sporting recebeu e venceu hoje o Rio Ave por 4-2, em encontro da 17.ª jornada da Primeira Liga, disputado, intenso e equilibrado, cujo resultado podia ter mais golos para os dois lados.
O jogo foi aberto desde o início porque o Rio Ave quis disputá-lo ‘olhos nos olhos’ com o Sporting, porque é uma das boas equipas do campeonato e porque é essa a sua identidade, o que valorizou muito o espetáculo, que teve cinco golos e muitos lances de perigo junto das duas balizas.
O Sporting ‘puxou dos galões’ e quis pegar no jogo desde o início, com Marco Silva a recuar João Mário para a vaga de Adrien e a lançar André Martins para a posição daquele, como médio mais ofensivo, num espaço de intervenção no corredor central.
O Rio Ave trazia a lição bem estudada e foi uma equipa fortíssima nas transições ofensivas, criando grandes problemas ao Sporting, sobretudo durante a primeira parte, tirando partido do facto de os ‘leões’ terem sido uma equipa descompensada em termos posicionais quando perdia a posse de bola.
Assim que isso acontecia, a bola era metida nas alas, em Ukra ou em Del Valle, que partiam como setas para o meio campo ‘leonino’, apanhando este desequilibrado porque os laterais Cédric e Jefferson subiam muito e faziam-no, muitas vezes, em simultâneo e João Mário não tem a rotina da posição ‘8’ que Adrien, hoje ausente por castigo, possui.
Disposto num ‘4x1x4x1’, o Rio Ave foi sempre uma equipa equilibrada a defender, mas, sobretudo, perigosa nas saídas rápidas para o ataque, criando grandes problemas ao Sporting.
Os ‘leões’ chegaram ao golo aos 30 minutos, através de um penálti controverso cobrado por Nani, por alegada falta sobre Montero, mas o Rio Ave não se perturbou e até parece ter ganhado motivação perante a decisão arbitral, tendo restabelecido o empate nove minutos depois, num lance de contra-ataque que apanhou mais uma vez o Sporting desequilibrado.
O Rio Ave recuperou a bola à saída da sua área, Ukra arrancou pelo flanco direito, João Mário foi lá tentar travá-lo, mas este cruzou a bola para o flanco oposto, para a velocidade de Del Valle, com os laterais e um dos centrais ‘nas covas’.
Ao intervalo, Marco Silva trocou o ‘apagadíssimo’ Carrillo por Mané, mas manteve em campo André Martins, que foi uma ‘pedra’ de fraco rendimento, que nunca encontrou o tempo e o espaço para fazer jogar a equipa e nunca foi solidário a marcar.
A verdade é que Mané veio agitar mais ainda um jogo já agitado, com lances numa e noutra baliza suscetíveis de terminarem em golo, que acabaria por acontecer na baliza de Cassio, aos 60 minutos, numa recuperação de Mané e após um cruzamento letal de Jefferson, com Montero, titular na ausência de Slimani, a desviar para a baliza.
O segundo golo ‘leonino’ não quebrou a intensidade do jogo, as oportunidades surgiam numa e noutra baliza, e apesar de Marco Silva ter retificado o posicionamento dos médios e forçado os laterais a serem mais contidos, foram os ‘leões’ a marcar de novo, aos 67 minutos, após cruzamento perfeito de Nani para a entrada de cabeça de João Mário.
O destino do jogo parecia resolvido, mas o Rio Ave respondeu de imediato com o 3-2, um golaço de Hassan - a aproveitar uma das excessivas ‘fífias’ dos centrais do Sporting - e a partida continuou intensa, podendo o resultado ‘cair’ para 4-2 ou 3-3.
Difícil perceber como o Sporting em vantagem nunca tentou travar o ritmo do jogo e dar primazia à posse de bola, para segurar a vantagem, como faria qualquer equipa experiente, mas acabou por ser feliz e Tanaka voltou a ter o ‘pé quente’, ao fazer o quarto golo quase a terminar.
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