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Paulo Gonçalves quer ser o primeiro português a ganhar o Dakar

O motard Paulo Gonçalves (Honda) manifestou hoje a vontade de ser o primeiro português a ganhar o Dakar em todo o terreno, assumindo que o espanhol Marc Coma foi o justo vencedor este ano.

Paulo Gonçalves quer ser o primeiro português a ganhar o Dakar
Futebol 365

"Não temos muita quantidade, mas temos grande qualidade de pilotos. Temos dois terceiros e dois segundos lugares no Dakar. Só falta o que todos querem, a vitória. Pelo menos um dos três irá trazê-la para Portugal. Quero ser o primeiro a fazê-lo", disse, referindo-se ainda a Rúben Faria (KTM) e Hélder Rodrigues (Honda).

À chegada ao aeroporto, no Porto, proveniente da Argentina, Paulo Gonçalves explicou a sua convicção no futuro êxito luso: "Temos repetido os feitos uns dos outros. E agora vamos ver quem é o primeiro a ganhar. Espero ser eu e depois outro a repetir o feito."

Quanto ao Dakar que agora terminou, lamenta as penalizações de que foi alvo -- "fiquei a 16,53 minutos do Marc Coma e tive penalizações de 17 minutos" --, mas entende que o espanhol foi um vencedor justo, lembrando que o rival é um dos grandes motards da história.

"É um grande piloto. Tem todo o mérito no triunfo. É um grande adversário e um piloto muito honesto em pista. Ganhou cinco vezes o Dakar e seis títulos mundiais, o que diz tudo. Perdi contra um grande, mas estou muito feliz com este segundo lugar", vincou.

Em tom de brincadeira, Paulo Gonçalves considera que foi alvo de "vingança" por parte do espanhol, "pela derrota no Mundial de 2013".

"Ele recuperou o título mundial em 2014 e agora ganhou-me o Dakar em 2015. No ano que vem era bom que fosse de reviravolta e dar-lhe o troco", gracejou.

Apesar dos meros sete segundos entre a diferença final para Coma e os 17 minutos de penalização -- 15 por troca de motor e dois por excesso de velocidade --, Paulo Gonçalves entende que o seu adversário geriu a diferença e dificilmente perderia a vantagem.

"Ficou o sabor de que tinha sido possível, mas é o meu primeiro pódio, algo que já perseguia há muitos anos, mas tinha-me faltado a estrelinha. Certamente que o Marc conservou a vantagem de 20 minutos após a minha troca de motor. No lugar dele, teria feito uma corrida muito mais ponderada e certamente que ele usou essa estratégia", reconheceu.

O motard nortenho assume que "num último dia de prova perigosíssimo, em que choveu muito, com um ou dois minutos de vantagem ele não poderia ter uma especial tranquila e teria de atacar", mas entende que a etapa foi mais de consagração do que competitiva, face às distancias entretanto estabelecidas.

Paulo Gonçalves recordou as exigências do Dakar -- "muitos consideram-no a prova mais dura e completa do mundo" --, revelando as temperaturas negativas à partida e o calor extremo na chegada, as diferenças de altitude e as sucessivas alterações de piso, combinações que provocam desafios distintos.

"Agora, a única forma de melhorar este segundo lugar é ganhar. Que seja já no próximo ano", concluiu o piloto da Honda.

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