Um dos objetivos de Pedro Proença, que anuncia na quinta-feira o fim da carreira de árbitro, é integrar o comité de arbitragem da UEFA a partir de março, revelou hoje à Agência Lusa fonte próxima do juiz lisboeta.
Para que esse objetivo seja concretizado, a Federação Portuguesa de Futebol terá de indicar o nome de Pedro Proença para esse efeito e o mesmo terá de ser escolhido pelo novo comité executivo da UEFA que sair das eleições previstas para o mês de março.
Segundo a mesma fonte, o tema foi abordado entre o atual presidente do comité de arbitragem da UEFA, Pierluigi Collina, e Pedro Proença durante a Gala Quinas de Ouro, que assinala o centenário da FPF, durante a qual o árbitro português recebeu das mãos do dirigente italiano o prémio de melhor árbitro do século após a votação efetuada para eleger os melhores do futebol português nos últimos 100 anos.
O antigo árbitro italiano, considerado um dos melhores de sempre, fez saber a Pedro Proença que conta com ele no próximo comité de arbitragem da UEFA que sairá das eleições programadas para março para o comité executivo, o que constitui um apoio decisivo tendo em conta que Collina vai continuar a ser o responsável máximo pela arbitragem europeia após o ato eleitoral.
“É muito importante para Portugal e para o futebol português ter um representante no comité de arbitragem da UEFA, algo que não acontece desde 2004, quando Vítor Pereira foi afastado”, disse a mesma fonte, que não tem dúvidas de que a FPF irá propor o nome de Pedro Proença, cujo currículo internacional, além do apoio de Pierluigi Collina, será “determinante numa decisão favorável” do comité executivo.
Paralelamente às suas ambições no comité de arbitragem da UEFA, Pedro Proença pretende ficar ligado ao futebol português a exercer um cargo no âmbito da Liga ou da FPF, no qual “a experiência profissional como gestor, os conhecimentos técnicos de arbitragem, os contactos internacionais privilegiados e a imagem possam ser aproveitados”.
Sobre as razões que o levam a abandonar a arbitragem, numa altura em que poderia continuar mais alguns anos após o limite de idade por decisão tomada em setembro pela UEFA, desde que passasse nas provas escritas e físicas por esta exigidas, Proença irá alegar, de acordo com a mesma fonte, “desmotivação e necessidade de gerir a carreira numa altura em que se encontra no auge e em que acaba de ser eleito o árbitro do século para a FPF”.
Os pontos altos da carreira de Pedro Proença foram apitar a final de um Euro de Sub-19, a final do Europeu de seniores 2012, a final da Liga dos Campeões do mesmo ano, no qual foi considerado o melhor árbitro do mundo, a participação no Mundial do Brasil, na Taça das Confederações 2013, no Mundial do Brasil e no Mundial de Clubes 2014, além do galardão que recebeu há dias como árbitro do século da FPF.