O treinador português Carlos Queiroz, selecionador do Irão, manifestou-se hoje agastado após o jogo com o Iraque, que ditou a eliminação na Taça da Ásia em futebol, mas recusou comentá-lo por receio de vir a ser punido.
“Podem imaginar como me sinto, mas não o posso exprimir porque se disser o que sinto e a verdade acerca daquilo que toda a gente viu no jogo serei punido”, disse Carlos Queiroz após a derrota no encontro dos quartos de final, por 7-6, no desempate por grande penalidades.
Em Camberra, os iranianos inauguraram o marcador aos 24 minutos por Azmoun, mas a expulsão de Pooladi perto do intervalo pelo árbitro australiano Ben Williams, por acumulação de cartões amarelos, foi a principal responsável pelo facto de iraquianos terem conseguido levar o jogo para o prolongamento, com um empate 1-1.
“Será que ele [o árbitro] conseguirá dormir hoje? É apenas uma questão. Se for necessário coloco-me de joelhos, em sinal de humildade, para lhe pedir que me explique a sua decisão”, disse o técnico português.
O Iraque esteve mesmo em vantagem por duas vezes e parecia bem encaminhado para seguir para as meias-finais sem mais demoras, tendo o Irão ganhado mais algum ‘tempo’ com o golo Ghoochannejhad em cima do apito final, que fixou o resultado em 3-3.
“Não tenho comentários a fazer hoje sobre o senhor Williams porque se o fizer sou capaz de terminar a minha carreira e não acho que após 34 anos mereça terminar a carreira aqui”, assinalou.
No desempate, Shakir converteu-se no mais recente herói iraquiano, ao concretizar o penalty decisivo da longa maratona, depois do iraniano Amiry ter acertado no poste, sentenciando a eliminação do arquirrival Irão e marcando encontro com a Coreia do Sul nas meias-finais.
“Estou orgulhoso pela forma como os meus jogadores lutaram. Ficaram no meu coração e merecem todo o respeito”, observou o treinador português no fim da partida realizada no Estádio de Camberra, na Austrália, palco da fase final da competição.