As candidaturas à presidência da FIFA, entre as quais a de Luís Figo, têm ainda de passar pelo Comité Eleitoral Ad-hoc, presidido pelo suíço Domenico Scala, para merecerem a aprovação do organismo.
Entregues as propostas, cujo prazo termina na quinta-feira, o Comité Eleitoral Ad-hoc começará por apresentar toda a documentação ao Comité de Ética, cujo aval é necessário para que os candidatos possam concorrer à presidência da FIFA.
Cada candidatura, que tem de apresentar assinaturas de cinco filiados na FIFA, terá agora quatro meses para convencer as 209 associações com assento no organismo e que votarão a 29 de maio, no próximo congresso, em Zurique.
Para ser eleito na primeira volta, um candidato precisa de mais de dois terços dos votos, caso contrário, e a partir da segunda volta, vence quem recolher maioria absoluta (mais de 50 por cento), o que também serve para eleger na primeira volta um candidato único.
Se estiverem na corrida mais de dois candidatos, a segunda volta começará por eliminar a lista menos votada, continuando este sistema de ‘filtragem’ até que fiquem apenas duas candidaturas.
Com o anúncio de hoje da candidatura de Luís Figo, as aleições da FIFA passaram a contar com seis candidatos. Ao antigo internacional português juntam-se o atual presidente, Joseph Blatter, Michel van Praag, presidente da federação holandesa, David Ginola, ex-jogador francês, Jerome Champagne, candidato independente francês, e o príncipe Ali bin Al Hussein da Jordânia, vice-presidente da FIFA.
As eleições para a presidência da FIFA, cujo prazo de candidatura termina a 29 de janeiro, decorrem a 29 de maio, no segundo de dois dias do congresso da FIFA, em Zurique, na Suíça.
Se Joseph Blatter falhar a eleição para o quinto mandato, o congresso elegerá o nono presidente da FIFA, organismo que foi presidido apenas por um não-europeu, o brasileiro João Havelange, entre 1974 e 1998.