O Sporting empatou hoje 1-1 em Alvalade com o Vitória de Setúbal, em jogo da quarta jornada da terceira fase da Taça da Liga em futebol, e desta vez nem Tanaka safou os `leões´.
Tal como sucedera no Restelo, frente ao Belenenses, os `leões´ entraram bem na partida, fizeram uma boa primeira parte, na qual dominaram completamente o jogo, mas, depois do intervalo, estranhamente, entraram `sem gás´ e perderam ligação e fluidez no seu jogo.
Tanto mais estranho este `eclipse´ quanto é verdade que o Vitória de Setúbal jogou toda a segunda parte com menos um jogador por expulsão de Lupeta, aos 41 minutos, por uma entrada dura sobre Wallyson.
O que se viu após o intervalo foi o Vitória de Setúbal, em inferioridade numérica, a fazer o que não fizera até aí com onze jogadores, a subir as linhas, a pressionar, a ter profundidade atacante e a incomodar a defesa contrária.
Marco Silva apresentou um onze reservista, sem nenhum titular da equipa principal, e a equipa deu boas indicações na primeira parte, a mandar no jogo, dinâmica, com boa circulação de bola e movimentos coletivos interessantes, com destaque para a ação de Podence, a criar desequilíbrios nas faixas, e de Wallyson, a mostrar visão de jogo e um pé esquerdo precioso.
O Vitória de Setúbal passou a primeira parte acantonado no seu meio-campo, a defender, sem capacidade sequer para responder com transições ofensivas que incomodassem a defesa `leonina´, mas o Sporting revelou também uma notória ineficácia na finalização, com destaque para Tanaka.
No entanto, o domínio do Sporting equivaleu a um golo solitário, aos 13 minutos, um autogolo de Ney Santos, após uma boa jogada do ataque `leonino´, que culminou com uma cabeçada de Tanaka para o interior da área e a infelicidade do jogador sadino.
Na segunda parte, o Sporting entrou convencido de que o jogo estava ganho, mas o Vitória de Setúbal não deitou a `toalha ao chão´, apesar de ter menos um jogador, e a sensação que se tinha era a de que tinha mais um jogador em campo. Por outro lado, a entrada do coreano Suk veio dar agressividade e profundidade ao ataque sadino.
Inexplicável a atitude dos jogadores do Sporting na segunda parte, sendo que o rendimento da equipa piorou com as alterações introduzidas por Marco Silva, sobretudo a saída de Rosell para a entrada de Diego Rubio.
O Sporting passou a jogar com dois homens na área do Vitória, mas a bola deixou de chegar lá em condições, além de que Rubio revelou gritante falta de ritmo e entrosamento com os colegas, Podence foi `desaparecendo´ do jogo, Wallyson também, Esgaio caiu muito de rendimento e Tanaka esteve muito desinspirado.
O Vitória de Setúbal mereceu amplamente o empate pela segunda parte que fez e pela capacidade de reação que teve numa situação de inferioridade numérica.