A 25ª edição da meia-maratona de Lisboa terá, segundo o organizador, um "leque de atletas brutal", de que se destaca o britânico Mo Farah, campeão olímpico, mundial e europeu dos 5.000 e 10.000 metros.
"É um orgulho ter Mo Farah pela primeira vez em Lisboa", afirmou esta quarta-feira Carlos Móia, na apresentação do evento, em Almada, mostrando-se esperançado na obtenção de um novo recorde do mundo.
O máximo mundial da distância, 58,23 minutos, que Carlos Móia quer ver "cair" e que vale um cheque de 100.000 euros a quem o conseguir, foi estabelecido na meia-maratona de Lisboa em 2010 pelo eritreu Zerzenay Tadese.
"Vamos tentar que seja batido o recorde, quando fizemos 20 anos foi, agora que fazemos 25 pode ser outra vez", afirmou o presidente do Maratona Clube de Portugal, que espera poder contar com a presença do presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), Lamine Diack.
Além de Mo Farah - que tem como melhor marca na distância 60,59 minutos - estão já garantidas as presenças do etíope Guyle Adola, dos quenianos Stephen Kosgei Kibet e Silas Kipruto e do marroquino Aziz Lahbabi, todos com marcas abaixo da hora.
No setor feminino, a prova terá a presença de Dulce Felix, recordista portuguesa da distância (68,32 minutos), e da queniana Priscah Jeptoo, vice-campeã olímpica de maratona e do mundo e vencedora das maratonas de Nova Iorque, Londres, Paris e Turim.
A seis semanas da prova, agendada para 22 de março, há já 32.000 inscritos, mas a organização acredita que vai chegar aos 34.000.
"Em 1991, no primeiro ano, tivemos 3.973 atletas a cortarem a meta, este ano vamos ter 34.000", afirmou Carlos Móia, destacando o papel que a prova tem tido no desenvolvimento do atletismo em Portugal.
Carlos Móia destacou o facto de "a prova ter convidado as pessoas a irem para a rua, a andarem, a correrem" e de ter contribuído para o aumento do número de corridas da mesma distância que se realizam em Portugal.
O presidente do Maratona admitiu que, ao longo de 25 anos, a prova "superou as melhores expetativas" e agradeceu a todos os "que ousaram sonhar em 1991".
Este ano, além da meia-maratona, do Passeio Avós e Netos, da prova minicampeões e da corrida em cadeira de rodas, vai decorrer uma prova de sete quilómetros, com partida do Estádio Nacional e chegada ao Mosteiro dos Jerónimos.
"Para uns esta prova servirá de treino para a meia-maratona, para outros servirá para correr e divertir", afirmou Carlos Móia.
A meia-maratona de Lisboa, que atravessa a Ponte 25 de abril, e a corrida em cadeiras de rodas, estão agendadas para domingo, 22 de março, enquanto as restantes provas se realizam sábado, 21.