O empate amealhado no reduto do Basileia (1-1), na primeira-mão dos oitavos-de-final da Champions League, colocou o FC Porto numa boa posição para chegar aos quartos-de-final da prova milionária. José Mourinho, técnico do Chelsea, acredita que os portistas até podem ambicionar a algo mais.
«O FC Porto pode perfeitamente estar nos ‘quartos’ da Champions e aí já começa a cheirar a algo mais. Quando se chega a essa fase da competição, começa a cheirar a algo mais, a final já não estará muito longe. Por que não?», comentou o 'Special One', que parece ter boas referências do espanhol Julen Lopetegui.
«Tem crescido como treinador e será seguramente um bom treinador, mas o FC Porto tem princípios emocionais quase genéticos e que passam de geração em geração. Por muito que um treinador queira dar uma identidade própria à sua equipa, e todos o querem, há determinados traços dos quais é muito difícil fugir. Lendo pela rama, parece-me que ele já o percebeu e que está a tentar um ponto de equilíbrio entre aquilo que é o ADN Porto e o seu próprio ADN», acrescentou Mourinho, numa longa entrevista concedida ao jornal O Jogo.
Sobre o Benfica, José Mourinho ainda não se parece ter esquecido da troca de palavras com Jorge Jesus, relativamente à contratação de Anderson Talisca. O treinador do Chelsea não mudou uma vírgula à sua reação, na altura.
«Não, não acho que tenha ido longe demais. Uma pessoa pode ser convencida das suas próprias capacidades, orgulhosa, pode até gostar permanentemente de se enaltecer, mas para isso não precisa de se empoleirar em cima dos outros. Naquele caso muito específico, quando o Jorge Jesus se sente orgulhoso do trabalho que o Benfica fez na deteção do talento e do trabalho que realiza com o jogador no terreno, parece-me absolutamente normal. O que não me parece normal é que tenha dito - e disse-o, não me recordo se explícita ou implicitamente - que os outros não o fazem, mesmo que de forma sarcástica», acrescentou, terminando ao seu estilo.
«Portanto, repito aquilo que disse. E isso não significa que queremos o Talisca para alguma coisa, não queremos o jogador para nada. É uma coisa lógica: qual é o jogador no Mundo, hoje em dia, que é detetado só por um clube? Só se estiver escondido num túmulo e alguém o descobrir num safari em África...», rematou.
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