O diretor-executivo da Liga alemã, Andreas Rettig, admitiu estar preocupado com a recomendação da FIFA para o Mundial de futebol de 2022, no Qatar, realizar-se em novembro/dezembro, alertando para o acréscimo nos encargos financeiros.
“Um Mundial nesse período [de 26 de novembro a 23 de dezembro] representa uma sobrecarga na organização, mas também a nível financeiro para os campeonatos europeus”, considerou o ‘patrão’ da ‘Bundesliga’.
Rettig entende que a FIFA terá mostrar que solução adotará, tendo em conta essas considerações, e que deverá estar atenta ao impacto que o Mundial terá nos melhores jogadores, com os mesmos jogos em menor período de tempo.
O dirigente esteve hoje presente na reunião de trabalho em Doha, após a qual o secretário-geral da FIFA, Jerome Valcke, esclareceu que novembro/dezembro de 2022 “é o período que gera maior consenso”.
Para a Associação Europeia de clubes (ECA), presidida por Karl-Heinz Rummenigge, a recomendação de hoje não é uma surpresa, mas o antigo futebolista insistiu nas consequências financeiras de uma reprogramação.
“Todos os calendários europeus deverão ‘acomodar’ na época o Mundial, o que implica uma vontade de compromisso de cada parte, razão pela qual não têm que ser os clubes europeus a suportar o peso financeiro”, defendeu Rummenigge.
O ex-futebolista, também presidente do Bayern Munique, considera que os clubes terão que ser financeiramente compensados se for essa a decisão.
No entanto, e também hoje, a Associação das Ligas Europeias (EPFL) revelou que o presidente do grupo de trabalho da FIFA, o xeique Salman bin Ebrahim Al-Khalifa, disse que a possibilidade de maio, proposta pela EPFL, “voltará a ser discutida pelo Comité Executivo”.
A FIFA tomará uma decisão final sobre as datas do Mundial de 2022 na próxima reunião do Comité Executivo, prevista já para 19 e 20 de março, em Zurique.