O Sporting foi hoje incapaz de anular em casa a desvantagem de 2-0 nos 16 avos de final da Liga Europa de futebol, empatando a zero com o Wolfsburgo, apesar de ter dominado a formação alemã na segunda mão da eliminatória.
Os ‘leões’ deixaram Portugal sem representantes na competição, que teve o Benfica como finalista vencido nas últimas duas edições, num jogo em que o Sporting foi dominador, mostrou as suas lacunas na concretização, deparou-se com um intransponível Diego Benaglio na baliza alemã, mas que não se livrou de alguns ‘sustos’.
O esforço de Tanaka, que esteve sozinho no centro do ataque ‘verde e branco' até aos 64 minutos, quando entrou Slimani, foi insuficiente para chegar sequer à terceira vitória consecutiva em receções a equipas alemãs, deixando o Sporting com a consolação de somar 17 jogos sem perder na segunda competição europeia de clubes em casa.
As duas equipas chegaram a esta segunda mão sem jogadores castigados e ‘reforçadas' com William Carvalho, no caso ‘leonino', e do francês Guilavogui e do brasileiro Luiz Gustavo, do lado alemão.
Relativamente à vitória caseira frente ao Gil Vicente, por 2-0, no domingo, Marco Silva apostou nos habituais titulares Cédric, Adrien e Carrillo e em Jonathan Silva, substituindo Jefferson, que ficou afastado da convocatória alegadamente por motivos disciplinares.
Do lado alemão, o técnico Dieter Hecking promoveu o regresso do francês Guilavogui ao meio-campo, que tinha sido suplente no triunfo caseiro frente ao Hertha Berlim, por 2-1, mantendo o português Vieirinha no lado direito do meio-campo.
Tal como na Alemanha, o Sporting, que manteve o japonês Tanaka como avançado, apesar do regresso do argelino Slimani, deparou-se com uma postura expectante do Wolfsburgo, com as linhas de defesa e meio-campo muito próximas, tendo como referências ofensivas Bas Doost e Schürrle.
Os anfitriões assumiram a responsabilidade do jogo, que necessitavam de vencer por três golos de diferença para chegar aos ‘oitavos', e, mesmo sem deslumbrar, acercavam-se da baliza defendida por Diego Benaglio, que correspondeu facilmente a um cruzamento de Nani, aos 11 minutos, antecipando-se a João Mário e Tanaka.
Nani tentou a sorte pouco depois, após solicitação de Jonathan Silva, aos 17, quatro minutos antes de o Wolfsburgo fazer ‘tremer' as hostes ‘leoninas', com o inevitável holandês Bas Dost, autor dos dois golos do primeiro encontro, a atrasar-se na resposta ao cruzamento de Vieirinha.
Depois desse ‘calafrio', Paulo Oliveira, aos 28 minutos, voltou a colocar o Sporting na ‘rota' da baliza alemã, que só foi verdadeiramente ameaçada nos últimos minutos da primeira parte, com novo remate de William Carvalho, aos 37, obrigando Benaglio a defender para canto.
No minuto seguinte, foi o defesa direito Träsch a evitar em cima da linha o golo inaugural do Sporting, na sequência de um cabeceamento do central Tobias Figueiredo.
Até ao intervalo, os ‘leões' continuaram perdulários na finalização, aos 38, com Tanaka, Adrien e João Mário no mesmo lance a não conseguirem bater o guarda-redes suíço, que, no minuto de compensação, desviou para o poste um remate do avançado japonês do Sporting.
Pelo meio, o Wolfsburgo, que mesmo recuado não desperdiçava uma ocasião para contra-atacar, ainda visou a baliza de Rui Patrício com um remate fraco de Schürrle.
A segunda parte seguiu o mesmo rumo, com Nani, por duas vezes, aos 51, aproveitando uma arrancada da direita de Adrien, e aos 55, a não conseguir surpreender Benaglio, enquanto o belga De Bruyne, aos 54, aproveitando um ‘buraco' no meio-campo ‘verde e branco' enviou a bola ao poste da baliza do Sporting.
Já com Slimani em campo, o Sporting continuou a ‘pecar' na concretização, com Carrillo a hesitar na finalização, aos 64, depois de Rodriguez, na sua zona defensiva ter perdido a bola para Tanaka, que, isolado, aos 77, foi incapaz de finalizar com sucesso a assistência da direita de João Mário.
Até ao final, aos 84, novo susto na área defensiva lisboeta, com um aparente corte faltoso de Jonathan Silva sobre o ‘matador' Dost, quando ensaiava o remate frente a Rui Patrício, antes de Slimani, aos 89, confirmar o estatuto de figura do encontro de Benaglio, com um cabeceamento para as mãos do suíço.
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