A ex-atleta portuguesa Rosa Mota disse hoje estar contente com a recente candidatura ao Prémio Princesa das Astúrias 2015, na categoria Desporto, proposta pelo Comité Olímpico de Portugal (COP).
"Muito feliz e até algo surpreendida com a rapidez e expontaneidade com que as pessoas disseram sim", disse a campeã olímpica da maratona em 1988.
Rosa Mota disse estar consciente de que será muito difícil conquistar o prémio, uma vez que concorrerá com muitas candidaturas de vários países.
"Mas foi um prazer muito grande ser apoiada pelas pessoas que subscreveram esta candidatura", acrescentou.
José Manuel Constantino, presidente do COP, confirmou na segunda-feira que o organismo e o Embaixador de Espanha em Portugal, Eduardo Junco Bonet, submeteram o nome da ex-atleta à Fundação Princesa das Astúrias, que em outubro anunciará os vencedores nas oito categorias.
Na altura, foi acrescentado que a candidatura de Rosa Mota foi subscrita pelo atual Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e pelos ex-presidentes Jorge Sampaio, Mário Soares (Prémio Príncipe das Astúrias de Cooperação Internacional 1995) e Ramalho Eanes.
Também subscreveram a candidatura António Damásio (Prémio Príncipe das Astúrias de Investigação Científica 2005), Francisco Pinto Balsemão, Leonor Beleza e Prémio Nobel da Paz de 1996, o timorense José Ramos Horta.
O corredor queniano Paul Tergat (cinco vezes campeão mundial de corta-mato), o atleta etíope Haile Gebrselassie (Prémio Príncipe das Astúrias dos Desportos 2011), Fernando Lima Bello, Abel Anton e Martin Fiz (Prémio Príncipe das Astúrias dos Desportos de 1997 com a equipa espanhola de maratonas) e Paco Borao (presidente da Associação Internacional de Maratonas e Provas de Estrada) completam a lista dos subscritores.
No total foram entregues 223 candidaturas, de 51 países, em oito categorias: Artes, Letras, Ciências Sociais, Comunicação e Humanidades, Investigação Científica e Técnica, Cooperação Internacional, Concordia e Desportos.
Cada vencedor recebe uma escultura de Joan Miró e uma quantia de 50 mil euros, além de um diploma e uma insígnia.
A atleta portuguesa Rosa Mota sagrou-se campeã olímpica da maratona em 1988 (Seul), campeã do Mundo em 1987 (Roma) e da Europa em três ocasiões (1982, 1986 e 1990). É considerada uma das maiores atletas de sempre naquela distância.