O Benfica permitiu hoje que o Rio Ave operasse uma reviravolta no marcador, e vencesse por 2-1, em partida da 26.ª jornada da I Liga de futebol, num resultado selado no final dos descontos.
Depois do golo madrugador de Sálvio, logo aos cinco minutos, os ‘encarnados’ não resistiram à reação do Rio Ave, na segunda parte, com Ukra restabelecer, de penálti, a igualdade, e Del Valle, aos 90+5, a operar reviravolta.
Com este resultado, o Benfica perdeu terreno na luta pelo título e pode ver o perseguidor FC Porto encurtar a desvantagem para um ponto no ‘assalto’ ao primeiro lugar.
Jorge Jesus até não poderia esperar uma melhor entrada da sua equipa, com Sálvio, logos aos cinco minutos, e numa fase em que as equipas ainda se estudavam, a colocar o Benfica em vantagem.
Desmarcado por Pizzi, o argentino protagonizou uma tremenda arrancada isolando-se e assinando o 1-0, depois de levar a melhor no frente a frente com o guardião Ederson.
O Rio Ave sentiu em demasia o revês, ficando tolhido de reação e permitindo que o Benfica assumisse o controlo do desafio nestes instantes iniciais.
Ainda assim, o domínio exercido pelos lisboetas não se traduziu em lances de perigo junto à área dos vila-condenses, empurrando, paulatinamente, o jogo para inconsequentes batalhas no meio campo.
As ‘águias’ pareciam acomodadas com a vantagem mínima e, apesar de explorarem uma ou outra fragilidade na defensiva local, não criavam situações evidentes de golo.
Do outro lado, o Rio Ave também não fazia melhor, sentindo muitas dificuldades para esboçar os seus contra-ataques, e somando, à passagem da meia hora, mais dois problemas.
Em menos de cinco minutos, Pedro Martins foi obrigado a duas substituições forçadas, com as lesões do central Marcelo e do ponta de lança Hassan, que complicaram, ainda mais, a estratégia, permitindo ao Benfica controlar a magra vantagem até ao intervalo.
O descanso acabou por fazer bem aos homens de Vila do Conde, que regressaram para o segundo tempo com outra atitude, surgindo mais dinâmicos e atrevidos.
Pouco após o reatamento, Ukra, com um remate cruzado, obrigou Júlio César afastar com os punhos e, aos 63 minutos, foi a vez do recém-entrado Diego Lopes a causar calafrios com um tiro de pronto ao poste esquerdo da baliza benfiquista.
Os visitantes ainda tentaram reagir aos avisos dos vila-condenses, impondo mais velocidade na partida, mas acabou por ser o Rio Ave a chegar ao empate, à passagem do minuto 74.
Ukra, na cobrança de uma grande penalidade a castigar um corte com a mão de Samaris a um cabeceamento de Tarantini, não desperdiçou a oportunidade de repor a igualdade.
Com esta contrariedade, o Benfica intensificou a pressão ofensiva, mas, à parte de um cabeceamento de Lima, poucas vezes conseguiu ser contundente, acabando, por expor-se, em demasia, aos rápidos contra-ataques do Rio Ave.
Numa dessas investidas, Del Valle, com a baliza à mercê, desperdiçou, de forma incrível, a reviravolta, e, numa outra, Luisão foi obrigado a travar, com falta para cartão vermelho, Tiago Pinto, que se isolava.
Apesar da desvantagem numérica, o Benfica acentuou a pressão nos instantes finais, mas voltou a ser o Rio Ave a aproveitar os espaços concedidos pelos ‘encarnados’ para, já em período de descontos, chegar à vantagem.
Numa jogada de contra-ataque, já aos 90+5 minutos, Del Valle redimiu-se da perdida anterior e, com remate cruzado, operou a reviravolta, selando o 2-1 final.
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