Ciclismo: Landa venceu a quinta etapa da Volta ao País Basco

Landa andou quase 120 quilómetros isolado na frente, primeiro na companhia de outros 30 ‘fugitivos’, entre os quais estava o português Bruno Pires (Tinkoff-Saxo), depois de apenas outros três ‘resistentes’, mas o esforço não o impediu de lançar um ataque perfeito na última subida para Aia, a pouco mais de um quilómetro para a meta, para festejar efusivamente o triunfo na quinta etapa.

O espanhol cortou a meta, no final dos 155,5 quilómetros desde Eibar, com o tempo de 04:06.01 horas, três segundos à frente de Tim Wellens (Lotto-Soudal) e 16 diante de Tom Danielson (Cannondale-Garmin).

Lá atrás, enquanto o homem da Astana deixava plantados Wellens, Danielson e o colega Rein Taaramae, numa duríssima rampa que levava até Aia, os favoritos à geral vigiavam-se, com Sergio Henao (Sky) a levar na roda Joaquim Rodríguez para cruzarem a linha exatamente com o mesmo tempo, 56 segundos depois de Landa.

Os dois, que continuam qual gémeos siameses na geral individual (ambos têm o mesmo tempo), tiveram como maior triunfo na sua luta pela amarela a ‘eliminação’ do outro grande favorito, o colombiano Nairo Quintana (Movistar), que perdeu 01.08 minutos e caiu para quarto lugar, a 12 segundos.

“São etapas muito explosivas para mim, são muros que se adaptam melhor a eles os dois. O importante é que não perdi muito tempo, posso lutar pelo pódio final. A vitória será mais difícil, apesar de estarmos todos próximos”, justificou o vencedor do Giro2014.

Num final em que os homens fortes chegaram a conta-gotas, o português Rui Costa foi 18.º, a 01.14 minutos, e praticamente hipotecou as suas hipóteses na geral, já que é 12.º a 44 segundos, com uma única etapa para disputar.

Depois do esforço despendido na fuga, Bruno Pires (67.º) perdeu 06.14 minutos (subiu à 79.ª posição, a 41.33 minutos de Henao), pouco mais do que André Cardoso (Cannondale-Garmin), 55.º na etapa a 04.37 minutos de Landa e 55.º na geral, a 24.35 minutos.

Mário Costa (Lampre-Merida) foi 94.º, a 11.20 minutos e ultrapassou a barreira da uma hora de diferença para o primeiro da geral. No sábado, disputa-se a sexta e última etapa, um contrarrelógio de 18,3 quilómetros em Aia.

“Tudo será decidido no ‘crono’ e todos temos possibilidades. Está em aberto e lutaremos até ao final. As diferenças são pequenas”, analisou Henao.