O jordano Ali bin al Hussein, candidato à presidência da FIFA e atual vice-presidente, disse hoje que o organismo que tutela o futebol mundial não pode continuar em crise e necessita de uma direção forte.
“A FIFA precisa de uma direção que governe, que conduza e proteja as nossas federações”, defendeu o príncipe jordano Ali bin al Hussein, que se candidata contra o atual presidente do organismo, o suíço Joseph Blatter.
Para Ali bin al Hussein, de 39 anos, que reconhece que “a crise dura há muito e não se limita apenas ao que sucedeu hoje”, a FIFA “necessita de uma direção que recupere a confiança dos milhões de fans de futebol em todo o mundo”.
“Uma direção que assuma a responsabilidade pelos seus atos e não remeta a culpa para terceiros”, adiantou ainda o candidato e vice-presidente Ali bin al Hussein, que já tinha considerado, numa primeira reação, que este era um dia triste para o futebol.
Nas eleições marcadas para sexta-feira, o jordano Ali bin al Hussein é o único oponente do atual presidente da FIFA, o suíço Joseph Blatter, depois das desistências do português Luís Figo e do holandês Michael van Praag.
O Ministério da Justiça e a polícia da Suíça confirmaram hoje a detenção, por acusações de corrupção, de sete dirigentes da FIFA, em Zurique, quando se encontravam num hotel na cidade.
As autoridades helvéticas indicaram que se prevê a sua extradição para os Estados Unidos, onde as autoridades de Nova Iorque os investigam por terem, alegadamente, aceitado subornos desde o início dos anos 1990.