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FIFA: FBI pede informações a Federação Australiana sobre alegado roubo

A Federação de Futebol Australiana (FFA) foi instada a informar o FBI norte-americano sobre o alegado roubo de 462.000 dólares (422.300 euros) dos fundos do organismo por parte do ex-dirigente da FIFA Jack Warner.

FIFA: FBI pede informações a Federação Australiana sobre alegado roubo
Futebol 365

A petição foi realizada pelo senador independente Nick Xenophon e pela ex-dirigente da FFA Bonita Mersiades, que também pediram a demissão do presidente da FIFA, o suíço Joseph Blatter, após a detenção de sete dirigentes da instituição por corrupção.

Jack Warner, ex-vice-presidente da FIFA, entregou-se na quarta-feira às autoridades de Trinidad e Tobago após ter sido acusado pelos Estados Unidos, juntamente com outros 13 dirigentes ou ex-dirigentes da instituição desportiva de cobrar subornos que atingiriam os 150 milhões de dólares (137 milhões de euros).

O dinheiro australiano alegadamente roubado por Jack Warner não está incluído na acusação das autoridades norte-americanas, mas foi calculado por estas nas investigações.

Segundo o diário Sydney Morning Herald, Jack Warner pediu dinheiro para as obras de remodelação de um estádio Trinidad e Tobago em 2010, ano em que a FIFA procurava o apoio do dirigente daquele país para a sua campanha para ser a sede do mundial.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da FIFA, acusando-os de conspiração e corrupção nos últimos 24 anos, num caso em que estarão em causa subornos no valor de 151 milhões de dólares (quase 140 milhões de euros).

Entre os acusados estão dois vice-presidentes da FIFA, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jeffrey Webb, das Ilhas Caimão e que é também presidente da CONCACAF (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caraíbas), assim como o paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol).

Dos restantes dirigentes indiciados fazem parte o brasileiro José María Marín, membro do comité da FIFA para os Jogos Olímpicos Rio2016, o costarriquenho Eduardo Li, Jack Warner, de Trinidad e Tobago, o nicaraguense Júlio Rocha, o venezuelano Rafael Esquivel e Costas Takkas, das Ilhas Caimão.

A FIFA suspendeu provisoriamente 11 pessoas de toda a atividade ligada ao futebol: os nove dirigentes ou ex-dirigentes indiciados e ainda Daryll Warner, filho de Jack Warner, e Chuck Blazer, antigo homem forte do futebol dos Estados Unidos, ex-membro do Comité Executivo da FIFA e alegado informador da procuradoria norte-americana, que já esteve suspenso por fraude.

A acusação surge depois de o Ministério da Justiça e a polícia da Suíça terem detido Webb, Li, Rocha, Takkas, Figueredo, Esquivel e Marin na quarta-feira, num hotel de Zurique, a dois dias das eleições para a presidência da FIFA, à qual concorrem o atual presidente, o suíço Joseph Blatter, e Ali bin Al-Hussein, da Jordânia.

Simultaneamente, as autoridades suíças abriram uma investigação à atribuição dos Mundiais de 2018 e 2022 à Rússia e ao Qatar.

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