A Organização das Nações Unidas (ONU) informou hoje que está a rever os atuais acordos de colaboração com a FIFA, na sequência do escândalo de corrupção que está a abalar o organismo máximo do futebol.
A ONU e as suas agências têm tido como prática associarem-se a alguns eventos desportivos organizados pela FIFA e por outras entidades, através de convénios sem contrapartidas financeiras, para promoverem a paz, a tolerância, combater a pobreza, defender os direitos humanos e alertar para quaestões ambientais.
"Estamos a dar uma vista de olhos nas atuais colaborações e a ver como evolui a situação, mas ainda é cedo", afirmou Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário- geral da ONU, Ban Ki-moon, na conferência de imprensa diária, um dia após a detenção de sete destacados membros da FIFA.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da FIFA, acusando-os de associação criminosa e corrupção nos últimos 24 anos, num caso em que estarão em causa subornos no valor de 151 milhões de dólares (quase 140 milhões de euros).
Entre os acusados estão dois vice-presidentes da FIFA, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jeffrey Webb, assim como o paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol) e o costarriquenho Eduardo Li.
A acusação foi conhecida depois de o Ministério da Justiça e a polícia da Suíça terem detido sete membros da FIFA na quarta-feira, num hotel de Zurique, a dois dias das eleições para a presidência do organismo, à qual concorrem o atual presidente, o suíço Joseph Blatter, e Ali bin Al-Hussein, da Jordânia.