O Benfica reforçou hoje a sua hegemonia na Taça da Liga em futebol, ao somar o sexto ‘caneco’, em oito edições, com um triunfo por 2-1 sobre o Marítimo, o 34.º jogo consecutivo sem perder na prova.
O conjunto da Luz repetiu os triunfos nas finais de 2009, 2010, 2011, 2012 e 2014, mantendo-se sem derrotas na ‘era’ Jorge Jesus e somando um mísero desaire em toda a sua história na competição, num total de 37 encontros.
Depois de Sporting e FC Porto, no Algarve, Paços de Ferreira e Gil Vicente, em Coimbra, e Rio Ave, em Leiria, o Marítimo, que se estreou numa final, foi a sexta vítima das ‘águias’, no regresso do jogo decisivo ao Cidade de Coimbra.
O Vitória de Setúbal, única equipa que ganhou ao Benfica, a 31 de outubro de 2007, no Bonfim por 2-1, e o Sporting de Braga, também depois de afastar os ‘encarnados’, nos penáltis, venceram a primeira e a sexta edições, respetivamente, sendo as equipas que ‘furaram’ o monopólio dos ‘encarnados’.
O palmarés da mais ‘jovem’ competição do calendário luso não contempla os outros ‘grandes’, sendo que o Sporting perdeu as duas primeiras finais, ambas nos penáltis, e o FC Porto outras tantas.
O Benfica tem dominado quase por absoluto a prova, mas nem começou bem, ao cair na quarta ronda da primeira edição, com um desaire em Setúbal por 2-1 (marcaram Matheus e Edinho), depois de um empate caseiro a um com os sadinos.
Os então comandados por Carlos Carvalhal viriam a vencer a prova, ao derrotarem o Sporting na ‘lotaria’ das grandes penalidades (3-2), com o guarda-redes Eduardo em “grande”.
Começou, depois, o domínio do Benfica, que não mais perdeu qualquer jogo da Taça da Liga, seguindo numa série que já vai em 34 jogos consecutivos sem derrota: 29 vitórias e cinco empates, três dos quais com direito a desempates por penáltis.
Em 2008/09, os ‘encarnados’, comandados pelo espanhol Quique Flores, chegaram ao seu primeiro título precisamente nas grandes penalidades, que vitimaram novamente o Sporting.
Os ‘leões’ adiantaram, por Pereirinha (48 minutos), mas um penálti inexistente, de Jose Antonio Reyes (76), restabeleceu a igualdade, atirando a decisão para a ‘lotaria’, com Quim como ‘herói’, ao parar três pontapés, de Rochemback, Derlei e Hélder Postiga. Carlos Martins selou o 3-2 final.
Na época seguinte, a conquista foi bem mais categórica, pois incluiu um triunfo por 4-1 em Alvalade, face ao Sporting, nas meias-finais, e outro por 3-0 frente ao FC Porto, na final, com tentos de Ruben Amorim, Carlos Martins e Cardozo.
Em 2010/11, o terceiro ‘caneco’ também passou por um triunfo nas ‘meias’ face ao Sporting, desta vez na Luz, com um golo a acabar de Javi Garcia (2-1). Na final, a primeira em Coimbra, novo triunfo por 2-1, face ao Paços de Ferreira.
O quarto triunfo consecutivo também teve como ponto alto a meia-final, com o Benfica a receber e bater o FC Porto por 3-2, depois de estar a perder por 2-1, num embate decidido pelo suplente Cardozo, aos 77 minutos. Na final, Saviola selou o triunfo por 2-1 sobre o Gil Vicente, aos 84.
Os ‘encarnados’ mantiveram a invencibilidade na ‘era’ Jesus em 2012/13, mas caíram nas ‘meias’, frente ao Sporting de Braga. Após um empate a zero, Quim voltou a ser ‘herói’ dos penáltis, agora na baliza dos ‘arsenalistas’ (3-2).
Depois de afastarem o Benfica, os minhotos acabaram por arrebatar a sexta edição, ao superarem na final o FC Porto por 1-0, em Coimbra, graças a uma grande penalidade apontada, em cima do intervalo, pelo brasileiro Alan.
Na época passada, e mesmo sempre com muitas poupanças, o conjunto da Luz voltou a ganhar, em mais um trajeto marcado pela meia-final. Apesar de ter jogado mais de uma hora com 10, o conjunto da Luz segurou o ‘nulo’ no Dragão e, depois, eliminou o FC Porto nos “penáltis” (4-3).
O jogo decisivo foi em Leiria e o Benfica superou o Rio Ave por 2-0, com tentos do espanhol Rodrigo, que partiu para o Valência, e do ‘capitão’ Luisão.
Em 2014/15, a formação ‘encarnada’ chegou sem qualquer dificuldades à sexta final, com quatro triunfos e 10-0 em golos, e venceu o Marítimo por 2-1, com dificuldades, valendo um golo do holandês Ola John, aos 80 minutos.