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Federação inglesa espera saída de Blatter para regressar a ordem ao futebol

O presidente da Federação Inglesa (FA), Greg Dyke, admitiu hoje que o “escândalo FIFA não acabou” e que se terá de esperar pela saída do reeleito Joseph Blatter, para que “um novo presidente possa meter na ordem o futebol mundial”.

Federação inglesa espera saída de Blatter para regressar a ordem ao futebol
Futebol 365

“Há um problema com a FIFA e penso que não terminou na sexta-feira”, referiu Greg Dyke, que falava antes do início da final da Taça de Inglaterra, em Wembley, referindo-se à recondução de Joseph Blatter, por mais quatro anos, na presidência da FIFA.

Greg Dyke acredita mesmo que Joseph Blatter não vai estar os quatros anos à frente da presidência da FIFA, mas, de qualquer forma, só depois da saída do suíço é que se poderá eleger alguém para meter o futebol mundial na ordem.

“O que se passou ontem [sexta-feira] foi a incrível influência de Joseph Blatter junto dos restantes parceiros e a forma como tirou partido dessa posição em seu benefício”, disse o dirigente inglês.

Dyke abordou mesmo a possibilidade de boicote ao Mundial da Rússia, em 2018 - um dos focos do escândalo na FIFA -, não com a FA como impulsionadora isolada do ato, mas como parte integrante de uma corrente se o resto da Europa assim o decidir.

"As pessoas pensam que o Mundial de 2022 será realizado no Qatar, mas eu não estou de todo convencido. Se se provar que houve corrupção, eu não acho que vamos ter um Mundial no Qatar”, garantiu Greg Dyke.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da FIFA, acusando-os de associação criminosa e corrupção nos últimos 24 anos, num caso em que estarão em causa subornos no valor de 151 milhões de dólares (quase 140 milhões de euros).

Entre os acusados estão dois vice-presidentes da FIFA, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jeffrey Webb, das Ilhas Caimão e que é também presidente da CONCACAF (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caraíbas), assim como o paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol).

Dos restantes dirigentes indiciados fazem parte o brasileiro José María Marín, membro do comité da FIFA para os Jogos Olímpicos Rio2016, o costarriquenho Eduardo Li, Jack Warner, de Trinidad e Tobago, o nicaraguense Júlio Rocha, o venezuelano Rafael Esquivel e Costas Takkas, das Ilhas Caimão.

A FIFA suspendeu provisoriamente 12 pessoas de toda a atividade ligada ao futebol: os nove dirigentes ou ex-dirigentes indiciados e ainda Daryll Warner, filho de Jack Warner, Aaron Davidson e Chuck Blazer, antigo homem forte do futebol dos Estados Unidos, ex-membro do Comité Executivo da FIFA e alegado informador da procuradoria norte-americana, que já esteve suspenso por fraude.

A acusação surge depois de o Ministério da Justiça e a polícia da Suíça terem detido Webb, Li, Rocha, Takkas, Figueredo, Esquivel e Marin na quarta-feira, num hotel de Zurique, a dois dias das eleições para a presidência da FIFA, à qual concorrem o atual presidente, o suíço Joseph Blatter, e Ali bin Al-Hussein, da Jordânia.

Simultaneamente, as autoridades suíças abriram uma investigação à atribuição dos Mundiais de 2018 e 2022 à Rússia e ao Qatar.

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