O ex-futebolista português Luís Figo considerou hoje que a demissão do suíço Joseph Blatter da presidência da FIFA é um "dia bom para o futebol" e um desfecho de que já estava à espera.
"Um dia bom para FIFA e para o futebol. A mudança está finalmente a chegar. Como disse na minha declaração de sexta-feira: o dia podia tardar, mas chegaria. Ele aí está", declarou o antigo futebolista, que se candidatou às mais recentes eleições da FIFA, acabando por retirar-se a poucos dias do congresso eleitoral.
Quatro dias depois da sua reeleição para um quinto mandato, Joseph Blatter demitiu-se da presidência da FIFA, na sequência do escândalo de corrupção que abala o organismo máximo do futebol, e anunciou a marcação de um congresso extraordinário para eleição de um sucessor.
"Devemos agora, de forma responsável e serena, procurar uma solução consensual em todo o mundo para que comece uma nova era de dinamismo, transparência e democracia na FIFA", completou Luís Figo, numa declaração publicada nas suas contas nas redes sociais, sem se manifestar sobre uma eventual nova candidatura.
Blatter, de 79 anos, ocupava o cargo desde 1998 e já disse que não vai avançar.
A sua renúncia acontece seis dias depois de o Departamento de Justiça dos Estados Unidos ter indiciado nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da FIFA, acusando-os de associação criminosa e corrupção nos últimos 24 anos, num caso em que estarão em causa subornos no valor de 151 milhões de dólares (quase 140 milhões de euros).
A acusação foi conhecida horas depois de o Ministério da Justiça e a polícia da Suíça terem detido sete dirigentes da FIFA na quarta-feira, num hotel de Zurique, a dois dias das eleições.