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FIFA: Secretário de Estado diz que demissão de Blatter era a única saída

O secretário de Estado do Desporto e Juventude, Emídio Guerreiro, disse hoje à Lusa que a demissão de Joseph Blatter da presidência da FIFA era a única saída possível, na sequência do escândalo de corrupção que abala o organismo.

FIFA: Secretário de Estado diz que demissão de Blatter era a única saída

“A decisão do senhor Blatter em pedir a sua demissão era a única possível, atendendo aos acontecimentos da última semana. Hoje mesmo tive a oportunidade de publicamente demonstrar a minha preocupação com os recentes acontecimentos na FIFA, considerando que o ato eleitoral e a consequente recondução do senhor Blatter no cargo de presidente da FIFA não tinham contribuído para a necessária transparência e credibilidade do órgão máximo do futebol mundial”, disse Emídio Guerreiro.

Quatro dias depois da sua reeleição para um quinto mandato, Joseph Blatter demitiu-se da presidência da FIFA e anunciou a marcação de um congresso extraordinário para a eleição de um sucessor.

“Num momento em que verificamos a necessidade de combater firmemente os fenómenos de corrupção associados ao jogo, é fundamental que a estrutura de cúpula do futebol seja um exemplo para todos os agentes desportivos”, acrescentou o governante.

Emídio Guerreiro lembrou que o Governo defendeu a candidatura de Luís Figo como uma “válida opção de mudança e da necessidade de maior transparência na gestão da FIFA”, mas não antecipa uma nova candidatura do antigo futebolista português.

“Consideramos que uma eventual recandidatura ou não passará sempre por uma decisão individual do Figo que não pretendemos antecipar ou sequer condicionar”, completou o secretário de Estado.

Figo apresentou uma candidatura à presidência da FIFA, mas acabou por retirar-se alguns dias antes do congresso eleitoral, considerando que o processo não era democrático nem transparente.

Blatter, de 79 anos, ocupava o cargo desde 1998 e já disse que não vai avançar.

A sua renúncia acontece seis dias depois de o Departamento de Justiça dos Estados Unidos ter indiciado nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da FIFA, acusando-os de associação criminosa e corrupção nos últimos 24 anos, num caso em que estarão em causa subornos no valor de 151 milhões de dólares (quase 140 milhões de euros).

A acusação foi conhecida horas depois de o Ministério da Justiça e a polícia da Suíça terem detido sete dirigentes da FIFA na quarta-feira, num hotel de Zurique, a dois dias das eleições.

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