O ministro dos Desportos da África do Sul, Fikile Mbalula, reiterou hoje que os 10 milhões de dólares que as autoridades norte-americanas suspeitam terem sido pagos para subornos financiaram um projeto de apoio ao desenvolvimento do futebol.
Na segunda-feira, o New York Times noticiou que Jérôme Valcke, secretário-geral da FIFA, autorizou transferências bancárias no valor de 10 milhões de dólares (cerca de 9,1 milhões de euros) para contas controladas por Jack Warner, um dos implicados no escândalo de corrupção do organismo, que então era presidente da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caraíbas (CONCACAF).
O jornal, que citou autoridades federais ligadas ao processo que corre nos Estados Unidos, escreveu que estas transferências são um elemento-chave na investigação sobre corrupção que abala o organismo máximo do futebol, que já levou à demissão do seu presidente, o suíço Joseph Blatter, de quem Valcke era o 'braço direito'.
Tal como a FIFA já tinha justificado, também Fikile Mbalula clarificou que a verba se destinou a financiar um projeto visava os países “da diáspora africana nas Caraíbas”.
“Houve de facto um pagamento de 10 milhões de dólares, mas destinado a um programa para o desenvolvimento do futebol. Quem está a lançar suspeitas que as prove”, disse o ministro sul-africano.
Na terça-feira, a FIFA esclareceu que canalizou 10 milhões de dólares em 2007, por intermédio do comité organizador do Mundial2010, na África do Sul, para um projeto de apoio ao desenvolvimento do futebol.