A seleção portuguesa de sub-21 empatou hoje sem golos com a Itália, em jogo da segunda jornada do grupo B do Euro2015 de futebol, um nulo garantido pelo guarda-redes José Sá, a grande figura da partida.
A seleção transalpina tinha absoluta necessidade de vencer este jogo depois de ter sido derrotado na primeira jornada pela Suécia por 2-1, e protagonizou entrada fortíssima em jogo, a pressionar alto e a imprimir desde logo uma intensidade para a qual Portugal parecia não vir preparado.
De resto, o jogo iniciou-se praticamente com uma defesa muito difícil para José Sá, a desviar para canto um remate de meia distância, tendo os primeiros quinze minutos sido de domínio claro da Itália, que só não inaugurou o marcador aos seis minutos porque José Sá fez uma defesa monumental a remate de Belotti na sequência de um passe errado de Sérgio Oliveira.
Ao fim do primeiro quarto de hora, Portugal começou a respirar, a segurar e a trocar mais a bola, mas a não conseguir dar profundidade, enquanto a Itália continuava a ser perigosa nas transições rápidas, embora precipitada na finalização.
A supremacia da Itália assentava sobretudo na maior agressividade quer defensiva quer ofensiva – basta dizer que Portugal cometeu duas faltas na primeira parte –, o que lhe permitia ganhar quase todos os despiques diretos, e na pressão alta que exercia assim que perdia a posse de bola no meio-campo português, recuperando-a muitas vezes e cortando as saídas para os contra-ataques lusos.
Por essa razão é que Portugal raramente conseguiu meter a bola nos espaços para os seus dois velocistas na frente, Carlos Mané e Rafa, os quais, a terem de jogar quase sempre perante a defesa organizada dos italianos, se tornaram inofensivos.
Ao ser forçado a sair sempre em ataque organizado, Portugal deparou com uma Itália muito bem posicionado em campo, a povoar o ‘miolo’ português e ao exercer marcação cerrada sobre dois jogadores fundamentais, William Carvalho, na saída de bola, e Bernardo Silva, cortando a fonte de criatividade do ataque luso.
Aos 27 minutos, José Sá, mesmo tapado por dois jogadores portugueses, fez a melhor defesa da noite, a desviar um remate de Benassi de fora da área, desviando a bola para a linha de fundo, a qual iria entrar rasteira junto ao poste direito da sua baliza.
A melhor oportunidade de Portugal aconteceu aos 35 minutos, quando João Mário falhou por ‘falta’ do pé esquerdo a finalização na área de uma jogada que ele próprio conduziu para receber a devolução de Sérgio Oliveira, mas o remate com o pé direito saiu torto por causa do seu enquadramento com a baliza.
Na segunda parte, o domínio da Itália não foi tão evidente, porque a equipa começou a dar sinais de cansaço à medida que os minutos passavam, a abrandar as marcações e os níveis de agressividade, o que tornou o jogo mais partido e repartido, com o golo a poder aparecer numa ou outra baliza.
Rui Jorge procurou refrescar a equipa com as entradas de Gonçalo Paciência, Iúri Medeiros e Tó Zé, o jogo resvalou para um cariz de parada e resposta, mas continuou a faltar de parte a parte a inspiração e o talento para o fazer, embora José Sá tenha parecido um obstáculo intransponível para os italianos.
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