Os futebolistas da seleção portuguesa de praia têm dificuldade em explicar as sistemáticas desvantagens iniciais no marcador nos I Jogos Europeus, mas confiam que vão afastar no sábado a Rússia e disputar a final de Baku.
"Não consigo explicar porquê. A única coisa que conseguimos dizer é que temos força para dar a volta às barreiras que nos têm surgido, mas se elas não surgirem melhor ainda. Se estivermos na frente mais tempo e do principio ao fim, melhor. E será mais fácil gerir o jogo do que termos que quase de nos matar dentro de campo para fazermos estas reviravoltas", sintetizou José Maria.
Em causa, as desvantagens iniciais, entretanto recuperadas, frente à Suíça (2-4), Ucrânia (1-4) e Azerbaijão (0-3).
A campeã mundial Rússia é o último obstáculo rumo à final: "Qualquer que fosse o adversário, seria muito difícil. Talvez pelos jogos que temos tido, o mais importante é entrar no primeiro período como se fosse o terceiro, já."
O 'capitão' Madjer garante que começar em desvantagem "não é fetiche", preferindo destacar o facto de que todos os desafios têm sido decididos no terceiro e último período.
"Só demonstra que o equilíbrio é muito grande entre as equipas. Quem se mantém unido e taticamente organizado vence os jogos", considerou.
Quanto à Rússia, otimismo, apesar das dificuldades: "O ponto fraco (deles), se calhar somos nós. Conhecemo-nos bem. Vai ser bastante difícil, são campeões do mundo, mas se nos mantivermos com este nível e espirito, dificilmente podemos perder o jogo. Mas temos de nos manter concentrados."
Portugal contabiliza nove medalhas nos I Jogos Europeus, após as conquistas de ouro de Telma Monteiro, Rui Bragança (-58 kg) no taekwondo e no ténis de mesa por equipas (Marcos Freitas, Tiago Apolónia e João Geraldo).
A prata surgiu com João Silva no triatlo, João Costa no tiro e Fernando Pimenta em K1 1.000 e 5.000 metros na canoagem, enquanto Júlio Ferreira (-80 kg) no taekwondo e a dupla Beatriz Martins/Ana Rente nos trampolins sincronizados amealharam bronze.